O LEÃO AFRICANO, de Walt Disney

O LEÃO AFRICANO, de Walt Disney

Miguel Carqueija

 

Resenha do documentário de longa-metragem “The african lion” (O leão africano). Walt Disney Productions, Estados Unidos, 1955. Produção: Walt Disney. Direção: James Algar. Narração: Wiston Hibler. Efeitos especiais: Ub Iwerks. Efeitos de animação: Joshua Meador e Art Riley. Editora musical: Evelyn Kennedy. Editor: Norman Palmer. Som: Robert O. Cook. Música: Paul Smith. Orquestração: Joseph Dupin. Cinegrafistas: Alfred G. Milotte e Elma Milotte. Roteiro: James Algar, Wiston Hibler, Ted Sears e Jack Moffitt. Produtor associado: Ben Sharpsteen.

Um grande documentário de Walt Disney, com a eficiência dos naturalistas-cinegrafistas Al e Elma Millotte, um casal. Mostra a planície central da África com sua pujante vida selvagem e em especial o leão. Vemos então, até com a narrativa entremeada de humor de Wiston Hibler (habitual colaborador de Walt), como o leão macho é preguiçoso e as caçadas são organizadas pelas leoas. As espécies mais conhecidas, como girafas, hipopótamos, javalis, rinocerontes, gnus, leopardos, hienas, chacais, abutres, babuínos, avestruzes, búfalos, impalas, cegonhas, guepardos, grous, aparecem com destaque. E, claro, os imensos elefantes. Também podemos ver animais menos conhecidos, como o abetardo, a jaçanã e o corredor, pássaros diversos.

É um filme delicioso, que mostra a luta pela sobrevivência de tantas espécies no ambiente das imensas savanas africanas, que se perdem de vista em intermináveis planuras. A interação entre as várias espécies é interessantíssima. O leão faz sua ronda ou seu passeio nas proximidades dos herbívoros — e estes não se incomodam muito, se ele está só passeando.

Também assistimos a ação dos aproveitadores: hienas, chacais e abutres, que buscam as sobras dos repastos dos leões. Como diz o narrador, o chacal não teme a leoa que arrasta uma carcaça, desde que ela esteja de costas para ele — e haja tempo de pegar um naco, acrescento.

Embora seja chamado “o rei dos animais”, o leão não enfrenta o elefante. A diferença de tamanho é demasiada. Aliás o banho do elefante é uma graça, eles realmente se divertem.

“O leão africano” é um documentário exemplar.

 

Rio de Janeiro, 12 de fevereiro de 2022.