Uma babá fora dos padrões

Não é novidade um filme produzido pelos estúdios Walt Disney ser um sucesso entre milhares de crianças. Podemos, porém, considerar o longa-metragem Mary Poppins (EUA, 1964), dirigido por Robert Stevenson e baseado no livro de Pamela Lyndon Travers, um fenômeno de público não só na faixa etária infantil, e sim nas mais diversas pessoas ao redor do mundo. Em alguns extras do DVD de edição do 40º aniversário do filme podemos ver antigas reportagens mostrando o quanto as salas de cinema ficaram lotadas de gente e o quanto a noite de estréia foi uma loucura. Pode-se atribuir ao sucesso à inovação para a época: apesar do cinema já estar mais avançado, Mary Poppins foi mais longe ainda, lançando novas técnicas de animação e efeitos especiais.

Além da tecnologia utilizada, a história também é bem envolvente. Narra a ida da babá dos céus – literalmente – à casa da família Banks, onde mora um casal com dois filhos. Mary Poppins, interpretada por Julie Andrews, então, começa seu novo emprego cuidando dessas crianças e modificando por completo a vida destas. Poppins, certamente, não era um babá convencional: era capaz de fazer magias. Utilizava-a, por exemplo, para transformar tarefas domésticas em divertidos jogos e cada dia em uma aventura fantástica. Podemos esperar então uma série de acontecimentos inusitados, mas, sem dúvida, muito divertidos. Além disto, encontramos no caminho personagens cativantes, como o inesquecível e multi-talentoso limpador de chaminés Bert (Dick Van Dyke).

É de muita importância considerarmos que Mary Poppins foi o último filme em que o Walt Disney, em pessoa, acompanhou até os últimos segundos de filmagem. Para conseguir sequer os direitos autorais dos livros de Pamela Lyndon, Disney teve que ter muita lábia com a mulher de personalidade forte, demorando muitos anos até os conseguir. Assim, empenhou-se de corpo e alma, tendo absoluta certeza do estrondoso sucesso do filme. Além disso, correu atrás das novas técnicas de animação e efeitos especiais, como a interação dos personagens reais com os personagens animados utilizados em desenhos.

Mary Poppins, com certeza, deixou uma marca no cinema. Com suas lindas canções, cenas inovadoras e belos personagens, já se tornou um eterno clássico. Venceu o Oscar nas categorias de Melhor Atriz (Julie Andrews), Melhores Efeitos Visuais, Melhor Edição, Melhor Canção Original e Melhor Trilha Sonora Original.

Gabriela Gusman
Enviado por Gabriela Gusman em 26/12/2007
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