Desejo e Reparação

O quanto você confia no que seus olhos viram?

“Desejo e Reparação” mostra a história de uma menina que interpreta mal uma cena vista da janela de seu quarto, e sem imaginar as conseqüências de seu atos, muda a vida de várias pessoas, inclusive a própria.

Raramente encontra-se uma história tão bem adaptada de um livro para um filme. Toda a essência do livro está lá. Cada diálogo, cada cena. Exatamente como descrita por Ian McEwan. A imagem em si, até mesmo em cenas em que não há nenhum diálogo, mostra a emoção de cada personagem e de cada momento. Da dor da separação à tristeza da guerra.

O tempo em que é contada é quase que um personagem a parte. Mostrando a história de ângulos diferentes permite que o expectador tire suas próprias conclusões. Passando por três diferentes momentos: 1935, antes da segunda guerra; 1939, no meio da guerra e os dias de hoje.

Conta a história de um amor que sobreviveu à distância, à guerra e à mentiras. Um final surpreendente que meche com a imaginação e o lado mais romântico de cada um.

Atenção especial para as seguintes cenas:

Biblioteca: Se a paixão desse um casal deveria ser resumida em apenas alguns momentos, nada faria mais essa cena mais perfeita. Registrada com perfeição. Cada suspiro que o autor pretendia passar está lá. É uma cena tensa em que você pode sentir a paixão entre os dois.

A praia na guerra: Mostra toda a loucura em que uma guerra pode se transformar.

O hospital na guerra: À todos que ainda imaginam que se volta da guerra coberto de glórias e se torna uma herói, essa cena é extremamente recomendada. Chocante e forte sem ser apelativa

A última cena na praia: O final que ambos mereciam, um “felizes para sempre” que não é clichê. É tocante, sem nem uma palavra, nos mostra o final que esperamos tanto. Não só nos filmes, mas para nós mesmos.