CIDADÃO KANE - ORSON WELLES

Quando Orson Welles lançou o filme “Cidadão Kane” em 1941, o que se presenciou foi uma revolução na história do cinema.

O início do filme deixa claro um enigma que acompanhará a trama e será revelado, somente para o público, nas cenas finais. A palavra “rosebud”, pronunciada pelo personagem no momento de sua morte, propicia curiosidade, até ser revelada como a marca de um trenó, o qual simboliza um dos poucos momentos da infância vivida por Charles Foster Kane.

Após a ascensão do “imperador da comunicação”, o personagem entra num profundo declínio, causado não somente pelas idéias arrojadas, bem como por dois casamentos desfeitos. A cena inicial leva-nos a compreendê-lo, seu arrependimento de não aproveitar a infância como qualquer criança comum. Deixa-nos a impressão de que Charles faria tudo exatamente diferente, caso pudesse prever seu destino ou tivesse uma nova chance.

Cidadão Kane é considerado pelos críticos como o melhor filme de todos os tempos. Produzido em 1941, traz diversas inovações de sombras e imagens nunca vistas até então ( angulações, sobreposições de imagens, etc ). Tais inovações seriam incorporadas aos filmes que o sucederam, e até nos dias de hoje, esses recursos são utilizados.

Apesar do roteiro simples, a genialidade do filme encontra-se exatamente na riqueza de recursos “inéditos”, e até em situações consideradas impróprias e polêmicas para a época.

É um filme indispensável, não somente para os amantes de cinema, como também para os estudantes e profissionais de comunicação. Todo jornalista tem um pouco de Charles Foster Kane dentro de si, seu brilhantismo é absolutamente incontestável. Porém, Charles Foster Kane tem dentro de si um pouco do que nenhum jornalista gostaria de ter: as embrulhadas, a perda do controle profissional em virtude de questões exteriores, como o casamento e os caprichos de uma mulher.

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José Donizetti Morbidelli
Enviado por José Donizetti Morbidelli em 16/12/2005
Reeditado em 30/10/2009
Código do texto: T86590
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