A luta pela independência dos EUA

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LIVRO – SÉRIE MANIFESTO: A DECLARAÇÃO DE INDEPENDÊNCIA DOS ESTADOS UNIDOS

AUTOR: STEPHANIE SCHWARTZ DRIVER TRADUÇÃO – MARILUCE PESSOA

EDITORA: JORGE ZAHAR EDITOR

RIO DE JANEIRO

1ªEDIÇÃO

2006

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Neste livro a autora tentou dar todos os detalhes da história da independência que influenciou e ainda influência muitos paises no âmbito da sociedade democrática moderna e constitucional, mesmo após duzentos e trinta e dois anos.

Pois, a história da independência norte-americana tráz vários fatores que culminaram à liberdade política e assim longe do domínio britânico.

Stephanie expõe claramente na introdução, que a carta da declaração de independência, mesmo não tendo um peso jurídico, mostra que tem um peso constitucional muito importante nos Estados Unidos.

“ A Declaração de Independência é a pedra fundamental dos Estados

Unidos. Em suas poucas sentenças iniciais, estabelece as metas de uma

sociedade democrática moderna – metas às quais os Estados Unidos,

como muitos outros países, ainda aspiram” (p.07)

Durante a abordagem, a autora contextualiza a situação que passavam as 13colônias norte-americanas e o Império Britânico, que havia passado pela Guerra dos Sete Anos onde após este episódio, o reino inglês ampliou seus territórios, tomando o Canadá dos franceses e dominando a Índia Oriental. E a partir desta guerra, os norte-americanos foram inspirados e ganharam confiança para traçar este destino.

Os norte-americanos foram prejudicados com a guerra, pois a Grã-Bretanha estava endividada e o contribuinte britânico estava sobrecarregado com uma taxa de impostos de 20% e para o Parlamento inglês, as colônias deveriam começar a contribuir.

Mas, o Parlamento tinha um entrave, Jorge III assumiu o trono com 22 anos. O jovem rei era imaturo e instável e isso atrapalhou um pouco os planos de cobrar impostos dos norte-americanos.Após várias tentativas de cobrar impostos das colônias, que se negavam apagar alegando a falta de representação no Parlamento, o rei deu um ultimato aos colonos.

“ A sorte está lançada”

“ Ou as colônias se submetem ou triunfam” . (p. 16)

E isso a autora explica no livro, como que os americanos recebiam a cada tentativa de imposto dos britânicos. E após estes episódios o congresso começa a trabalhar de forma “unificada” mesmo sem as intenções de alcançarem a independência e sim estabelecer as relações pacíficas com a Grã-Bretanha.

No livro, aborda os primeiros sinais da Revolução Americana, como o primeiro tiro em Massachusetts e os primeiros conflitos com os britânicos, até a idéia dos membros do Congresso pensarem de fato na independência. Como a autora detalha no “Senso Comum” – o panfleto político que desperta e mostra claramente a intenção de se livrar dos britânicos.

“ …Senso Comum, que tornou explicita a causa da independência, até então não mencionada. A obra teve 26 impressões apenas no primeiro

ano, tendo vendido mais de 150 mil exemplares nas primerias semanas e foi lido por praticamente todos os homens das colônias.” (p.21)

A autora quis mostrar que a declaração teve influência por meio do iluminismo, Bill of Rights , editada pós Revolução Gloriosa, era popular nas colônias norteamericanas. E esta carta influenciou a primeira declaração: A Declaração de Direitos da Virgínia . Esta declaração foi a base para a preparação da Declaração da Independência em que foi destacado a história dos signatários e o processo de assinatura para independência. Pois se falhasse o processo, todos poderiam morrer.

“ Foi uma atitude corajosa assinar a Declaração de Independência. Assinar era, essencialmente, um ato de traição e os signatários estariam arriscando suas vidas se a causa da independência falhasse.” (p.48).

O livro apresenta a carta traduzida e todos dos signatários da independência e o legado que este processo deixou e que tanto inspira governos e democracias no mundo. O trabalho deixa uma reflexão sobre como discutir as liberdades essenciais do homem e os seus direitos.

O livro é rico em detalhes em que apresenta como foi o processo de independência. A autora nos leva a uma imersão com detalhes sobre o que a Grã-Bretanha fazia durante a sua situação política pós-guerra, passando por um monarca jovem e inexperiente dando assim fôlego necessário aos que queriam se afastar do domínio inglês.

Outra coisa que influenciou muito foi o consecutivo e irresponsável aumento de impostos que não foi aceito pelos colonos e provocou um sentimento de indignação entre eles e mesmo com a vontade inicial de conversar para tentar restabelecer as relações com o Império Britânico, que por sua vez sufocou os direitos.

O resultado disso foi a luta norte-americana pela sua liberdade, mesmo rompendo os “laços políticos” com os coirmãos britânicos. Mas, isso deixou um legado para humanidade em que isso foi definido como a base da organização da sociedade moderna com os direitos e deveres redigidos na constituição.

Um exemplo recente desta influência, é o caso do Japão que após a Segunda Grande Guerra Mundial teve o texto da Constituição Meiji alterada e foram incluídos trechos do texto da Declaração de Independência norte-americana. Com isso, os poderes do imperador foram limitados a um representante político.

Eu vejo que a sociedade mundial mudou e se organizou a partir deste evento. O humano em si teve a possibilidade de mudar a história, organizando o conceito de unidade, um novo conceito de nação em que todos os habitantes têm seus direitos garantidos por lei.

Cido Coelho
Enviado por Cido Coelho em 09/06/2008
Código do texto: T1025820
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