A Sombra do Vento


Todos os livros são bons, quando não são ótimos. Quando li este livro tinha pena de parar para me alimentar, ir trabalhar, ou ...os afazeres diários. Não via o momento de voltar a ler para saber das novidades pois, cada página tinha uma novidade.

O livro, em formato de brochura tem 399 páginas, editado pela editora Objetiva, e o autor o Carlos Ruiz Zafón com uma ilustração sugestiva: um adulto, andando por uma calçada, sob neblina segurando um garoto pela mão. A ilustração tem coloração neutra, tendendo pro marrom.

Nesse romance, Carlos Ruiz Zafón, espanhol, apresenta a sua cidade, Barcelona, não de quando nasceu mas, a de 1945, quando acabava a II Grande Guerra Mundial, destruída por feridas doídas, frágil, quase destruída.

Lá, nesse mundo de silêncio tristonho, das feridas que ainda sangram, mora um menino de dez anos. Daniel Sempere. Ele vive com o pai, um vendedor de livros. De pouca fala. Daniel fica desesperado, pois, órfão, não consegue mais lembrar o rosto de sua mãe. Mas seu pai, em plena madrugada o convida para dar um passeio. Leva-o para o Cemitério dos Livros Esquecidos. Um lugar secreto, desconhecidos de toda s as população. O lugar é um labirinto escuro, muito bem protegido por um segurança idoso, que só deixa entrar quem tem autorização. Para o pai é um santuário. Assim Daniel dá seus primeiros passos, rumo à maturidade precoce. Ele deve escolher, segundo seu pai, um livro que deverá ser cuidado e protegido por ele por toda a vida.

Ele escolhe A Sombra do Vento cujo autor é esquecido da população. Ele esconde o livro e saem da biblioteca com cuidado. O livro é de origem francesa, cujo autor é Julián Carax, esquecido. Ele em seu quarto lê o livro naquela noite, fica intrigado com o esquecimento do livro pelos leitores.

Após sua ida à biblioteca descobre que vários incidentes ou acidentes lhe acontece.Essa descoberta o intriga por demais: toda vez que esse livro aparecida numa loja, esta era assaltada, o livro queimado. Isso pode lhe custar a vida, pois começa a ser seguido, querem o livro.
Li página por página, seguindo de perto as pesquisas de Daniel Sempere. Surgem outras história, uma dentro de outras, cruzando-se Surgem personagens surpreendentes, com histórias incríveis, autônomos, mas dependentes de outros personagens. Há muito mistério, misticismo, mortes inesperadas, amores intensos e desesperados: em cada página descobre algo surpreendente ou aterrador.

Surge assim a Barcelona ferida, sangrando vidas por um período franquista; Franco foi o ditador terrível que dominava tudo de forma autoritária e os fatos fictícios e reais cruzam-se envolvendo, comovendo o leitor.

Às vezes Zafón é triste e até pessimista, desconsolado, quando relata fatos reais do período franquista, período da Guerra Civil e, não esquece os anarquistas, os comunistas, os facistas fazendo suas as inquietações dos personagens. Faz uma riquíssima alusão ao livros que considera em ente misterioso, com voz, personalidade própria.

Carlos Luiz Zafón, ganhou prêmios literários: Fernando Lara, em 2001 e o Llibreter, em 2002. Hoje ele mora em Los Ângeles, nos Estados Unidos.


Imagem da Internet -google
MVA
Enviado por MVA em 06/08/2010
Reeditado em 31/08/2010
Código do texto: T2421512
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