A energia interior
 
     Todos os seres humanos foram dotados pelo Criador com os recursos necessários para a perfeita realização de suas missões na vida.
     Esse pressuposto está inscrito nas próprias leis da natureza humana. A natureza é sábia e não faz nada que seja inútil ou destituída de sentido. Dessa forma, não deixa nascer no mundo uma só criatura que não seja importante para o seu propósito.
      Quando não estamos obtendo bons resultados em nossa vida é porque, de alguma forma, não conseguimos acessar de forma adequada as fontes de onde emanam esses recursos. Essas fontes são uma herança inata de todas as espécies vivas, que no devido grau e na devida conta, lhes é concedida pela natureza a partir do momento em que cada espécime desponta para a vida.
       Essa herança – e não estamos falando aqui do gabarito biológico de cada espécie, mas sim de uma “informação” presente nas suas células desde o momento de sua aparição no mundo – é uma energia que atua dentro do nosso organismo. É ela que o leva se organizar física e neurologicamente de acordo com a propensão de sua espécie e das finalidades para as quais foi criada.
     Essa propriedade inata que os organismos têm para buscar as suas próprias conformações já havia sido intuída por Aristóteles ( 384 – 382 a C.), que a chamou de enteléquia. Ele a descreveu como uma força que age no interior de cada um dos seres da natureza para fazê-lo atingir seu mais perfeito acabamento, ou seja, a finalidade para o qual foi engendrado.   
     Aristóteles acreditava que essa propriedade era comum a todos os elementos da natureza, fossem eles minerais, vegetais ou animais. No caso do ser humano, nós a vemos como sendo a informação primordial que nos é transmitida no momento exato em que somos concebidos.
     É essa informação matriz que nos organiza de certo modo e nos distingue como indivíduos pertencentes a uma determinada espécie em particular. Ela também nos leva a procurar em cada resposta dada à vida, uma superação da resposta anterior. Isso resulta no processo que chamamos de evolução.
    Dessa forma, enteléquia age no organismo forçando o seu desenvolvimento biológico e também age no aparelho psíquico humano, para fazer com que ele procure colocar, em cada manifestação emitida, uma qualidade superior.
     Não é, portanto, sem razão, que a PNL trabalha com a proposição de que todos os seres humanos possuem, pelo menos potencialmente, os recursos necessários para serem bem sucedidos em suas respostas. Todos possuímos, em nós mesmos, as propriedades da enteléquia, isso é, todos somos criados para cumprir uma função no objetivo final da humanidade.   
     Essa proposição significa também que seja qual for a nossa herança biológica ou social, é sempre possível, para qualquer um de nós, aprender a ser eficiente em nossos comportamentos, pois a informação primordial para chegarmos a esse resultado é uma herança compartilhada por todos os seres humanos. Só precisamos aprender a trabalhar adequadamente com essa matriz inicial e derivarmos as funções necessárias ao nosso perfeito desenvolvimento.
    
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DO LIVRO "A PROCURA DA MELHOR RESPOSTA"- BIBLIOTECA 24X7- S.PAULO, 2009
João Anatalino
Enviado por João Anatalino em 01/12/2011
Reeditado em 01/12/2011
Código do texto: T3366186
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