DO LIVRO "CÓDIGOS DA VIDA"
CLUBE DOS AUTORES-2011

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Capítulo II
O espírito que cura

 
O ESPÍRITO QUE CURA
 
Principio orientador

ATENÇÃO AO QUE TEM VALOR E SIGNIFICADO
Habilidades
 
Amor
Gratidão
Respeito
Admiração
 
Modo de Agir
 
Tratar as pessoas dedicando-lhes amor ao invés de competir com elas.
 
Saúde é um estado de ser e não uma mera condição orgânica. Ter saúde é sentir-se inteiramente bem, com energia suficiente e total capacidade para atingir os objetivos traçados, sem limitação física e sem constrangimento moral.
Nosso corpo não é máquina que possa ser consertada quando alguma coisa nela quebra. Embora a ciência médica tenha evoluído de tal modo, que hoje se possam substituir órgãos doentes por transplante de outros órgãos sadios, que se possam repor membros amputados por próteses e a engenharia genética já possa até criar, em laboratórios, a partir de células-tronco, outras células para substituir órgãos que apresentam anomalias, ainda há, em nosso organismo, um imenso leque de funções para as quais a ciência ainda não conseguiu, e talvez jamais consiga, desenvolver substitutos nem derivativos.
O nosso melhor médico ainda é o nosso organismo. E os remédios mais eficientes são aqueles que o nosso próprio laboratório interno consegue produzir.
A saúde não é um fator isolado dentro de uma equação. Ela é a própria equação. Assim, ela não é uma realidade que possa ser fotografada por um tomógrafo computadorizado nem pode ser capturada pelos aparelhos de um laboratório de análises clínicas. O que refletem esses aparelhos é o mapa de um território, mas não o próprio território, que é muito mais extenso, complexo e movimentado do que qualquer diagnóstico clínico, por mais perfeito que seja, pode obter.
Em cada um nós habita um Espírito Curador. Ele não é um arquétipo induzido em nossa mente por crenças ancestrais, ou pelas necessidades psicológicas de existência, desenvolvidas pelo fenômeno da socialização, como o casamento, o culto aos antepassados, a crença numa divindade etc. Ele é um arquétipo desenvolvido pelo próprio organismo como forma de defesa natural da vida. Ele está em nós, independente da nossa condição de vida, das nossas crenças, dos nossos valores, dos nossos objetivos.
Ele está presente no revigoramento natural que o repouso nos trás após uma jornada cansativa; está presente na coagulação do sangue e na cicatrização natural de um ferimento, na formação de colágenos e outros itens de recuperação de órgãos.
É, enfim, uma informação que já consta do zigoma fundamental que está na origem da vida. Constitui um dos fundamentos da mitose, propriedade segundo a qual as nossas célula se dividem e organizam o processo que resulta no nosso organismo.
                                                
Usando a linguagem da PNL, diríamos que o arquétipo do Curador é “um programa” instalado em nosso DNA. Portanto, não podemos apagá-lo nem renunciar a ele. Só podemos alimentá-lo com mais informações, tornando-o mais rico ou mais pobre. Esse alimento se dá através do nosso estilo de vida: bons relacionamentos, alimentação sadia, hábitos saudáveis, exercícios balanceados e sobretudo uma alegre disposição de viver e um sistema de crenças positivas é o regime alimentar mais adequado para fortalecer o nosso Curador.
Nesse sentido é importante ter em mente que não estar doente não é estar com saúde. Saúde e ausência de moléstia não são estados equivalentes. Pode-se estar organicamente perfeito e não estar gozando de boa saúde, da mesma forma que a presença de uma anomalia orgânica não significa falta de saúde.
Insatisfação consigo mesmo, com os resultados que se está obtendo, o sentimento de fracasso, a sensação de vazio, a falta de um objetivo na vida são tão dolorosos e molestos quanto uma dor de cabeça, uma cólica menstrual, uma alergia ou uma infecção intestinal. Da mesma forma, a falta de amor, o cultivo do ódio, da inveja, o ciúme doentio, podem ser tão destrutivos para o nosso organismo quanto uma neoplasia maligna ou uma doença degenerativa qualquer.
O que ressalta em tudo isso é que o corpo não fica doente: ele tem desequilíbrios momentâneos em sua estrutura física ou mental. Já as pessoas sim. Isso nos leva a fazer uma distinção entre doença, moléstia e saúde. Doença é um estado permanente de insatisfação orgânica. Moléstia é um estado passageiro de desequilíbrio em nosso organismo. Saúde é um conjunto de sentimentos de bem estar, em todos os sentidos.
Outra constatação que podemos fazer nesse sentido é a seguinte: moléstia é uma emergência médica ― um momento de desequilíbrio orgânico ― e doença é um estado de ser, ou seja, uma crença. Isso significa que uma pessoa pode “estar” doente ou “ser” doente. No primeiro caso temos uma emergência médica, no segundo temos um sistema de tratamento. A medicina ocidental, com seus métodos cartesianos, alcançou um grande avanço no tratamento de emergências médicas. Fraturas, ferimentos, infecções bacterianas graves, ataques cardíacos, derrames, complicações durante o parto, por exemplo, são emergências médicas. Mas as enfermidades da vida moderna, como são a maioria das alergias, a hipertensão, a artrite, a asma, alguns tipos de câncer, infecções viróticas, infecções intestinais e moléstias das articulações, são doenças que nem sempre podem ser tratadas como emergências médicas. Depende muito mais das crenças que a pessoa tem e do seu sistema de vida do que do conhecimento médico e da eficiência dos medicamentos postos á nossa disposição.
Saúde e doença estão muito mais ligadas à subjetividade dos nossos sentimentos do que à objetividade das nossas funções orgânicas. Não há como medir a dor e o prazer que sentimos em cada momento. Saúde é prazer, satisfação, ausência de moléstia física e espiritual; doença é dor, insatisfação, presença de constrangimento físico ou espiritual.
A função do nosso arquétipo Curador é exatamente essa: devolver-nos o equilíbrio interno e externo que precisamos para curar as nossas dores físicas e espirituais. A medicina oriental e a cultura xamânica talvez tenha entendido essa dinâmica melhor que os médicos ocidentais. Por isso, muito mais que as funções orgânicas que respondem a tratamentos químicos elas se focam nos aspectos mais sutis do organismo humano, que estão ligados ao “programa” mais íntimo e fundamental que suporta toda a vida, ou seja, aquele que cria e desenvolve o nosso mundo interior. Por que tudo vem de dentro para fora. E se retroalimenta com o que de fora vai para dentro.
Essa é a mágica da saúde. E são as armas do arquétipo do Curador para curarmos a nós mesmos.
João Anatalino
Enviado por João Anatalino em 07/06/2012
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