A Normalista

Na obra A normalista, Adolfo Caminha traça o perfil da sociedade cearense de meados do Século XIX. Ele descortina os ambientes familiares, políticos e culturais. Através de um tom sarcástico, utilizando um narrador onisciente abre o primeiro capítulo da obra, apresentando as personagens, local em que se encontram e o que faziam: João da Mata sua casinhola e os frequentadores de tal ambiente os quais jogavam víspora. Em seguida, vem a descrição do flagelo da seca (1887) o qual tange as famílias de retirante rumo à capital - Fortaleza. A família de Maria do Carmo (A normalista) se junta a essa leva e busca amparo em Fortaleza, mas encontram morte e desespero: a mãe e um irmão dela morrem, o pai parte para o Pará e a órfã fica entregue aos cuidados de João da Mata – padrinho e pessoa da confiança do pai da menina. A menina estuda no colégio Imaculada Conceição e só vem nas férias para a casa do Padrinho. É tímida, triste, mas muito bonita. Maria do Carmo vem morar definitivamente com o padrinho e este se sente atraído pela jovem, faz-lhe carinhos e justifica, para si mesmo, ter direito sobre ela, pois a alimenta e dá-lhe casa. Ela conhece Zuza, este lhe manda cartas, despertando o ódio do padrinho e o medo de perdê-la para Zuza. João da Mata redobra os cuidados e as ações obscenas contra a jovem, finalmente a deflora e ela engravida. Zuza é obrigado a voltar a Recife. A menina sofre com o abandono e vê-se desgraçada, pois se descobre grávida, mas o padrinho a leva para um sítio, ela tem o filho e este morre quando nasce. A normalista volta para a casa do padrinho fica noiva do Alferes Coutinho e nada mais se fala sobre ela.

Com o casamento, ele fecha a crítica a sociedade, pois funcionava como um túmulo onde quem entrava não sofria ofensas externas.

valene
Enviado por valene em 11/09/2012
Código do texto: T3877409
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2012. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.