O Monge e o Executivo

O livro, O monge e o Executivo, é uma produção do consultor chefe de uma empresa de consultoria de relações de trabalho e treinamentos de James C. Hunter. É uma narrativa maravilhosa muito bem tramada e envolvente que conta a história de um executivo bem sucedido nos negócios que aos poucos vai percebendo que está fracassando como chefe, marido e pai.

Numa tentativa desesperada de retomar o controle da situação e de sua vida, decide participar de um retiro sobre liderança num mosteiro beneditino, comandado pelo frade Leonard Hoffmam, um influente e lendário empresário e líder americano que abandonara tudo após a morte de sua esposa querida, com quem vivera 40 anos casados e falecera após um repentino aneurisma cerebral, mas seus filhos apóiam e incentivam o pai que a cada dia parece mais feliz e realizado em seu novo estilo de vida.

Jhon Daly, era diretor executivo de uma importantíssima empresa, desde muito jovem aprendeu com os pais a participar da igreja luterana e cultivar os valores cristão porém nunca fora um devoto piedoso, ou coisa do gênero. Na faculdade conhecera sua esposa Rachel, com quem se casou e teve dois filhos lindos e maravilhosos.

Jhon sempre teve sua vida desde muito pequeno marcado pelo nome Simeão, com histórias engraçadas e sonhos recorrentes que o motivavam a encontrar Simeão, ouvi-lo e aprender dele. Com o passar dos anos Jhon foi se tornando um esposo frio, um chefe distante e até negligente no que dizia a respeito da gestão da empresa em que trabalhava relapso e grosseiro e distante com os filhos e esposa que como terapeuta percebia declínio do marido dia após dia. Na tentativa de estabelecer diálogo acabava em discussão, ocasionando mais problemas. Problemas na empresa começaram a se somar, mas Jhon era orgulhoso o bastante e punha culpa sempre nos outros e jamais admitia a possibilidade de erros de sua parte que pudesse vir a prejudicar a empresa.

Em meio às crises, por medo de perder a esposa, depois de tanta insistência, Jhon decide falar com o pastor de sua igraja que o indica o retiro no mosteiro beneditino. Relutante decide então, tirar uma semana para fazer os gostos da esposa, pois como sempre os problemas era os outros.

Levado por sua linda esposa, chegam ao belo e antigo mosteiro onde é bem recebido e acolhido e apresentado aos seus novos aposentos junto a um pastor batista que tornará seu amigo. Embora intrigado e relutante descansam e na manhã seguinte desperta para as orações matinais comum aos monges e previstas no roteiro formativo. Ficando curioso para descobrir quem daqueles monges poderia ser o lendário Hoffman, logo depois do café, vai a biblioteca fazer uma pesquisa na internet e fica animado e feliz com o que descobre e com a possibilidade de apreender com o grande mestre de liderança que conheceu concertando a privada de seu banheiro minutos depois.

Reunidos em una sala moderna, destinada aos seminários, Jhon e seus colegas reagem com um certo ceticismo aos conceitos apresentado pelo Ir. Simeão, nome esolhido por seu superior quando entrou para o mosteiro, mas acabam se rendendo a sua experiência, afinal, ganhara fama nos negócios por sua capacidade de recuperar empresas em crise, transformando-as em modelos de sucesso.

O monge defende que a base da liderança não é o poder, muito defendido por Greg, sargento, ao longo do curso, mas sim pela autoridade, conquistada com amor, dedicação e sacrifícios. E diz ainda que o respeito, responsabilidade e cuidado com as pessoas são virtudes indispensáveis a um grande líder. Liderar é estar disposto a servir.

Simeão após sua explanação geral junto ao grupo define liderança como a habilidade de influenciar pessoas para que trabalhem entusiasticamente visando atingir os objetivos identificados como sendo para o bem comum, bem como poder, como a faculdade de forçar ou coagir alguém a fazer sua vontade por causa de sua posição ou força, mesmo que a pessoa preferisse não o fazer e autoridade é a habilidade de levar as pessoas a fazerem de boa vontade o que você quer pó causa de sua influência pessoal.

Intercalados por momentos de oração e refeições, o trabalho transcorria e Simeão pediu que em grupo definissem a experiência de liderança de pessoas marcantes em suas vidas. As principais respostas foram honestidade, confiabilidade, bom exemplo, cuidado, compromisso, bom ouvinte, conquista de confiança, trato respeitoso com as pessoas, encorajamento das pessoas, atitude positiva e entusiasta e gostar de pessoas, muitos foram apresentados com exemplos marcantes.

Sempre de maneira democrática e valorizando a opinião de cada um, Simeão expunha seu conteúdo de maneira a provocar o grupo. Paradigma foi um bom tema, e foi discutido que é sempre necessário mudanças e para mudanças consistentes em empresa muito importante a abertura para sãs dos velhos modelos que davam certo para novos que correspondam com a realidade e que respostas plausíveis e eficazes as variadas situações da empresa atual.

Entre muitos conflitos Simeão propôs a inversão do modelo piramidal da hierarquia administrativa, onde está o topo não é mais o presidente distante do cliente, mas os colaboradores, que estão na linha de frente e em contato mais próximo com os clientes.

Também em discussão acalorada, Jesus é colocado como modelo de líder, aquele que foi o mais dentre os homens, divisor de águas na história, se tornou o menor, servido de todos. Entre prós e contras foi colocado que seria anacronismo trazer como modelo de liderança um figurão ultrapassado que vivera há dois séculos e que nunca administrara uma empresa, mas foi bem sintetizada por Kim, enfermeira chefe mais brilhante do grupo. A liderança começa com a vontade que é a nossa única capacidade como seres humanos para sintonizar nossas intenções com nossas ações e escolher nossos comportamentos. É preciso ter vontade para escolher amar, isto é sentir as reais necessidades e não os desejos de quem liderara. Para entender as necessidades, precisamos nos dispor a servir e até mesmo de nos sacrificar. Quando servimos e nos sacrificamos pelos outros, exercemos autoridade ou influencia, a lei da colheita. E quando exercemos autoridade com as pessoas, ganhamos o direito de sermos chamados líderes.

Falando com o grupo e em particular com Jhon, momentos ante das cerimônias religiosas, Simeão vai dando pistas de direcionamento para que encontre seu caminho, mas esquivo sabe exatamente o que precisa e procura participar dos comentários e exposição do seminário.

Falam sobre amor, ambiente de trabalho, recompensas auxiliados pela experiência de Simeão e do dicionário e elaboram juntos questões importantíssimas que os auxiliarão no árdua trabalho de gestão de liderança.

Por fim o grupo almoça juntos e antes de se despedirem, as lágrimas rolam livremente, trocam endereços e o sargento, que mais impôs resistência a formação e se comprometeu a ser o secretário da turma e promete se encontra dento do período de seis meses.

Jhon despede-se do grupo e sai à procura de Simeão que continua escôndito e silencioso a beira do Michigan. Pegando suas malas, dá um amigável e agradecido abraço em Simeão que lhe sugere depois de todo aprendizado a começar com uma escolha. Devagar sobe os degraus da escadaria e com um carinhoso e longo abraço em sua esposa, dá o primeiro passo para a mudança.

Este livro me proporcionou pensar e refletir sobre a maneira que exerço meu papel de liderança em meu trabalho, com meus amigos e em casa com meus familiares. Foi muito bom e interessante perceber que a liderança é uma habilidade que se aprende no quotidiano da vida e que Jesus é um modelo vivo, atual e verdadeiro da essência da liderança que há séculos continua a inspirar e motivar as pessoas.

A diversidade do grupo de Simeão me ajudou a perceber que em todo lugar há uma riqueza de diferenças que engrandece e embelezam as discussões com as mais variadas possibilidades de contribuições que levam sempre a um resultado mais próximo do ideal e verdadeiro, por ser um resultado de trabalho em equipe.

O amor, capacidade de perceber as reais necessidades do outro muito me ajudou a diferenciar do amor sentimento. Mesmo não gostando de alguém posso respeitá-lo, trabalhar junto e realizar bem a função que me cabe ao seu lado, aja visto que a escolha é sempre minha e com tolerância, respeito e amor podemos continuar a transformar nossos lares, escolar, empresas e porque não o mundo. Que o Mestre dos mestres da liderança nos auxilie, inspire e caminhe conosco nesta árdua e importantíssima missão.

REFERÊNCIA

HUNTER, James C. O monge e o Executivo. Uma história sobre a essência da liderança. Trad. Maria da Conceição de Magalhães. Rio de Janeiro: Sextante, 12ª ed, 2004.

Edvaldo Lourenço
Enviado por Edvaldo Lourenço em 14/09/2012
Código do texto: T3881670
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