vamos falar de Amor?

Gosto de falar do risível para chegar ao essencial, o papel é bom, o tamanho da letra, tudo no livro é agradável. «vamos falar de amor?», tem por título esta frase simples em minúsculas até Amor, é o livro que tenho entre mãos... «Amor?» a vermelho, em alto relevo. Na capa, abaixo do título e do nome da autora, vem um rosto com presença de espírito... Sinto-me apanhado em flagrante a pensar a palavra fragrância, perfume e decido-me a dar "um cheirinho"...

Na imagem é o rosto da autora sorrindo com uma naturalidade semelhante à cor do cabelo que tomo por intocada por tintas, a não ser as da impressão a cores da foto. Veste casaco de malha fina, vermelho sobre uma camisola muito leve, sem gola, branca. A boca de lábios dum vermelho sóbrio deixa ver os dentes perfeitos, o cabelo curto pelos ombros brilha como copa de cabeleira grisalha.

Na primeira badana informam-nos: «Afinal, "amar é abrir a alma", como Maria José Costa Félix afirma, e esta obra é uma forma carinhosa de partilhar reflexões e de apontar caminhos.»

Na segunda badana selecciono: «Fez parte de um grupo de investigação num hospital psiquiátrico no Rio de Janeiro, tendo publicado no Brasil um livro com o título Histórias de um Nome.»

O início da Introdução: «A IDEIA CENTRAL deste livro é que tudo, nesta vida, tem um princípio, um meio e um fim. Começa, desenvolve-se e chega sempre um momento em que ou morre ou renasce.»

Termina com uma passagem do Guardador de Rebanhos, do heterónimo Alberto Caeiro. Está dado o cheirinho, destapei o frasco de perfume sem verter... Digo agora que o livro foi publicado pela Oficina do Livro, Lisboa, Maio de 2005.

Francisco Coimbra
Enviado por Francisco Coimbra em 14/08/2005
Reeditado em 06/11/2005
Código do texto: T42539