Idéia de uma história universal de um ponto de vista cosmopolita

O que nos propõe em sua obra este peculiar filósofo, Immanuel Kant, dentro de suas elucubrações, e principalmente de sua famigerada sexta proposição, acerca da existência e destino humanos concatenados com a finalidade da educação no desenvolvimento comportamental do homem?

Quais suas prerrogativas filosóficas quanto à adaptação e progresso da razão humana em virtude do trabalho histórico? Qual razão deve ser focada e ensinada? Como educar a razão do homem para auxiliá-lo a sobrepor seus instintos animais inclinados para o mal? Qual a relação entre a educação e a trajetória da humanidade para o bem supremo?

Para questões filosóficas de tal envergadura introjetadas por Immanuel Kant em sua obra, há uma complexa e difusa interpretação – principalmente em sua sexta proposição – a qual a educação, a razão, a Filosofia, a História e a busca pela perfeição e pelo progresso são fatores intrinsecamente ligados entre si, e, segundo Kant, explicam as particularidades da trajetória humana em busca do “Bem Supremo” e da felicidade.

A começar pela finalidade e sentido da existência humana, podemos digredir, segundo Kant, que há disposições naturais em cada ser racional que os leva a buscar incessantemente um ou mais objetivos para chegar a um fim, que não se sabe necessariamente qual é, mas sentem a necessidade de chegar a ele, pois é o que dá sentido à sua existência, uma vez que um homem sem objetivos não sabe qual caminho trilhar e não trilha caminho algum.

E, se não trilhar nenhum caminho, vai ficando congelado em ignorâncias, dúvidas insolúveis, polêmicas infrutíferas, crises existenciais, etc, sendo que este contexto gera uma estagnação do desenvolvimento, que é tão caro e inerente à natureza humana por estas disposições inatas, impedindo o progresso que por alguma razão está implícito nas aspirações humanas.

A natureza humana busca a guerra, e a razão quer equilibrar a situação para conquistar a paz, e é nesta situação que o desenvolvimento evolui melhor. Para que o homem possa usar melhor a razão, assim como aumentá-la para chegar a um desenvolvimento, ele acaba precisando de regras por leis, que Kant chamou de direito civil, que controlaria os atos dos homens na sociedade, impedindo-os de praticarem o mal ao próximo, mas um direito civil é obrigatório, traz obrigações através de leis que o homem tem de obedecer, muitas vezes tendo que ser reprimido por esta instituição de direito civil para andar direito, então não é uma saída eficiente, além de que somente as leis não seguram o homem, e por isto o filósofo diz que o homem precisa de um “senhor”, de alguém que mande nele e o faça obedecer as leis e ao desenvolvimento da razão. Mas este senhor também precisa de um senhor que o comande, e ambos são tirados da humanidade, são homens falhos como os que obedecem.

O autor faz uma análise sobre o homem e o período de sua vida na terra, explicando o funcionamento das ações humanas e também os objetivos que podem justificar estas ações e esta vida.

A chamada indissociavel sociabilidade traz tanto benefícios como evolução para a raça humana, porque o homem quer sempre ser o melhor e conquistar direitos somente para si para alcançar soberania, mas para isto precisa se desenvolver e crescer a fim de ser o melhor, o que naturalmente faz nascer uma concorrencia nos meios humanos e todos hipoteticamente crescem, portanto, para o desenvolvimento da humanidade, o homem deve estar vivendo em sociedade, mas sempre com a razão controlando e melhorando seus atos.

BIBLIOGRAFIA

KANT, Immanuel. Organizado por: Ricardo Terra – Editora Martins Fontes / 2.ª Edição - 2.003 – São Paulo - SP