Capítulo 20 - Feliz Ano Novo

Quantas vezes você já parou de acreditar em alguém? Não, eu não havia perdido o rumo, mas ainda duvidava de mim mesmo, apesar do tempo passar rápido eu precisaria de muito mais para poder entender tudo que eu tinha na cabeça.

Eu estava caminhando pelas ruas de Garden às seis da tarde, todos pareciam felizes, calmos e tranquilos. Mesmo assim todos estavam agitados como toda época de fim de ano, eu já esperava pelo último dia, pela última hora...

-Você está crescendo rápido - disse Daniel.

-Obrigado, acho que finalmente encontrei algo que eu goste de fazer. -respondi.

-Will, estou falando sério, nunca vi o gerente elogiando tanto alguém assim como você, logo estará lá em cima. - ele disse de novo.

-Obrigado, devo tudo isso a você.

Passaram dois dias e faltava apenas um para o ano novo, Daniel já tinha me avisado para convidar meus pais para fazermos uma festa, e eu já havia falado sobre isso com eles em casa. Encontrei Lya, um pouco depois de sair do trabalho, ela estava com uma corrente, que deixava aquele pescoço branco um pouco mais chamativo, eram duas tiras de prata com três pérolas no centro, mas mesmo com ou sem ela, Lya sempre era linda pra mim.

Fui ao mercado com Daniel, já passavam das sete da noite, levamos a lista da Eliza:

(x) Açúcar

(x) Pessego

(x) Tomate

(x) Maça

(x) Uva

(x) Lentilha

(x) Leite

(x) Azeite de oliva

(x) Cerveja

(x) Espumante

(x) Lentilha

( ) Chocolate

O chocolate consumido em excesso pelas mulheres, gera grandes chances de ataques nervosos e alucinações. Essas foram as razões de Daniel para não comprar o chocolate, eu não disse nada a respeito, mas rimos muito sobre isso depois.

Chegamos em casa às oito e meia, meus pais já haviam chegado. Enquanto saia da garagem com as sacolas do mercado percebi minha mãe ao lado de uma das árvores do jardim conversando com Lya, as duas pareciam felizes e trocavam sorrisos, o que me fazia muito bem.

Meu pai estava na churrasqueira, ao lado de Daniel é claro, Eliza trocava experiências da infância de Lya com minha mãe, que não me poupava e contava todas as minhas "coisas" de criança, enquanto Lya se apoiava em meus ombros eu me via feliz, muito feliz, então ela veio ao meu colo e nos beijamos, aos olhares de todos, não havia mais vergonha em mim.

Devia faltar alguns minutos para a virada, e todos estavam em volta da mesa, Eu, Lya, meus pais e os pais delas, todos conversando e sorrindo aproveitando o que uma família pode oferecer de melhor, de tantos problemas que possam existir as vezes basta algumas palavras e um sorriso no rosto.

Johan Henryque
Enviado por Johan Henryque em 30/12/2013
Reeditado em 31/12/2013
Código do texto: T4630850
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