Capítulo 21 - Aventuras

Eu estava deitado no sofá, na casa da Lya, já se passava um bom tempo após o almoço, assistimos alguns episódios da série preferida dela, uma garota que vivia em Nova York com sua amiga e passavam por aventuras pela cidade. Lya buscou pipoca e refrigerante e nos divertimos ali sentados um do lado do outro.

-Você tem medo? - ela perguntou.

-Medo de que? - perguntei também.

-Bom, sei lá, você quase nunca me beija, e quando beija você não faz nada demais, eu vejo esses filmes, essas pessoas se amando, e por mais que eu ame você acho que a gente não se entrega um ao outro.

-Não é isso, só penso que não é a hora, e por mais que eu queira poderíamos e podemos fazer muitas outras coisas além disso não acha?

-Sim, mas eu quero Will, eu quero você comigo, a todo tempo, eu já sonhei com a gente .. bem, você sabe. É estranho eu sei, mas a gente já está junto a tanto tempo, e mesmo assim nunca tivemos algo mais nosso, entende?

-Sim.

Eu a beijei sem nem olhar para onde voava meu pote de pipoca e a deitei inteira sobre o sofá, seus cabelos estavam tão cheirosos e aqueles olhos me deixavam louco, a cada beijo eu me sentia mais a vontade, mais quente, no clima...

Não tinha mencionado que os pais dela não estavam, até penso que eles queriam nos deixar sozinhos, e foi bem legal fazerem isso, enquanto íamos para o quarto ela mordia minha camisa e eu segurava na sua cintura. A cama estava perfeitamente arrumada até parecia errado deixa-lá desarrumada.

Ela me mordia como se estivesse com fome, e arranhava como se eu fosse uma presa, o que deixaria marcas que obviamente minha mãe passaria dias perguntando sobre elas, mas todo momento bom deve ser guardado e na nossa primeira tarde "juntos" eu me senti muito bem.

Voltamos para a sala após três horas no quarto, e passei um bom tempo pegando as pipocas do chão, então os pais dela chegaram, e cumprimentei Daniel enquanto fazia cafuné em Lya deitada no meu colo. Eu estava muito feliz, parecia até um sonho que rolou num domingo a tarde.

Já era tarde e no meu quarto eu pensava sobre o dia, sobre as coisas que eu havia feito, enquanto trocava mensagens com ela, passamos tanto tempo sem nos deixar dar um toque especial um no outro, que havíamos esquecido de como uma relação podia ser prazerosa, nesse caso literalmente.

Alan me ligou as três da manhã com uma voz de bebê chorão:

-Will, eu devia ter te contado, me desculpa, eu não resisti. Ela é tão incrível, eu acho que a amo... - ele falou.

-Contado o quê? - perguntei sem entender nada.

-Bianca, aquela, a sua Ex.

-O que tem ela?

-A gente conversou no teatro, ai saímos um dia, foi rolando e agora eu acho que estou apaixonado, cara, eu te amo, só não quero que você me odeie por causa de uma garota...

-Alan, lembra quando você me dizia sobre as meninas que você achava bonitas na escola? Então, você nunca teve coragem de dizer nada a elas, mas hoje você teve, não só para conhecer uma garota, mas pra vir me contar tudo isso. E não, eu não vou brigar com você por isso. Só espero que dê tudo certo, e que você a faça feliz.

-Obrigado Will. Sabia que você entenderia.

Johan Henryque
Enviado por Johan Henryque em 08/01/2014
Reeditado em 08/01/2014
Código do texto: T4642106
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