Quando vi o envelope sobre a cama e olhei o remetente logo imaginei que estava sendo abençoada com a chegada das, já esperadas, obras literárias de meu amigo paulista. O que eu não podia imaginar é que estaria diante de uma obra que me tiraria o fôlego e me levaria as lágrimas. Quando toquei o livro “Círculo Finito” e vi o nome de Maria Olímpia na capa senti que a emoção derramava-se pelos olhos.

     Lembrei-me de nossas longas conversas sobre tantas coisas. Dos Exercícios Literários. Do café que não tivemos tempo de tomar. Da comunidade do Orkut onde nos conhecemos. Do amigo comum da “Comunidade Cartas Manuscritas”. Foi uma volta ao passado, tão recente e ao mesmo tempo inexistente. Um passado que não teve tempo de ser presente nem futuro.

     Sequei as lágrimas e terminei de abrir o pacote onde estavam o Pioneirismo Feminino e Parada no Tempo. Quis logo iniciar a leitura. Tenho o hábito de ler vários livros ao mesmo tempo, mas ao iniciar a leitura do Pioneirismo Feminino não quis parar, apesar do chamado urgente dos demais. Como vivi até aquele dia sem saber a existência daqueles mulheres (desculpe, mas vocês vão precisar ler o livro para saber de quem estou falando), como a história não presta a devida homenagem àquelas que percorreram caminhos tão diversos e necessários para nossas conquistas atuais? Obrigada amigo por me apresenta-las de forma tão bonita!

     Ao longo dos dias fui lendo, conversando seria o correto, com Merô e Bernard, e descobrindo estes escritores que aprendi a amar e respeitar aqui no RL. Como aprendo sobre mim quando leio o que eles escrevem! Fiquei com aquela sensação maravilhosa de quando descobrimos alguns “segredos” da humanidade através de pessoas que nos faz tão bem!

     Concluída a leitura chego a conclusão que estas obras estão entre aquelas que nunca terminamos de ler. Queremos sempre retornar. Reler. Aprender um pouco mais. Obrigada meu amigo por me proporcionar esta viagem ao mundo que é tão nosso e ao mesmo tempo tão desconhecido. Obrigada por este mergulho ao universo do ser, que se desvela e se esconde bem diante de nossos olhos, cegos ao óbvio. 

N.A: Bernard seus livros mereciam uma resenha de verdade, mas na incapacidade de fazer algo a altura, apesar de publicar como resenha fiz apenas observações sobre os sentimentos que a leitura despertou em mim, que provavelmente não interessam a ninguém, mas eu precisava dizer. Abraços
Ângela M Rodrigues O P Gurgel
Enviado por Ângela M Rodrigues O P Gurgel em 24/03/2015
Reeditado em 26/08/2015
Código do texto: T5181881
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