No último fim de semana,  terminei de ler o livro "Não se apega, não", da Isabela Freitas. Um livro que, como o próprio nome já diz, fala sobre o desapego. E não o desapego amoroso apenas, mas o desapegar-se de tudo que não faz bem.
A Isabela é ótima. Já me tornei  fã da sua maneira fantástica de escrever. A leitura do livro é quase uma conversa. Parecia que ela estava aqui no quarto, sentada ao meu lado, contando-me como fez para desapegar-se de tantas coisas e pessoas. Uma leitura leve, do tipo que você começa e não consegue mais parar. Indico!
 
     Por muito tempo tive dificuldades para praticar o desapego. Por vezes fiz todos os rituais (rasgar cartas, fotos, apagar conversas), e de nada adiantou. Por outro lado, desapego-me facilmente de pessoas ao meu redor (desde sempre!). Aprendi a desapegar quando, principalmente, percebo que a prática já foi feita pela outra parte. Se, em uma relação (seja qual tipo for) houver o desapego de um lado, de que adianta o outro tentar seguir adiante?
     Outra dificuldade que sempre senti foi a  de desapegar de idéias.  Mas desapeguei disso  também. Idéias são coisas ótimas! Mas não precisam ser definitivas. Assim como os sonhos. E os objetivos de vida. E as metas. É bom ter/desejar cada um deles, mas se necessário for, nada como desapegar-se, renovar-se e seguir em frente. Porque ninguém precisa ser sempre aquela mesma coisa, com aqueles mesmos sentimentos o tempo todo.