A casa é vazia, mas não o livro

A CASA É VAZIA, MAS NÃO O LIVRO
Miguel Carqueija

Resenha do romance “A casa vazia”, de Rosamunde Pilcher. Editora Bertrand Brasil, Rio de Janeiro-RJ, 2006. Título original: “The empty house” (copyright 1973 Rosamunde Pilcher). Tradução: A.B. Pinheiro de Lemos. Capa: Leonardo Carvalho.

É muito leve este romance da prestigiada escritora britânica. Fala de Virgínia Keyle, uma jovem de 27 anos que, cerca de dez anos atrás, sofreu uma grande decepçao amorosa e levada pela influência da mãe acabou casando com o homem errado, que lhe deu dois filhos mas não o amor conjugal. Um casamento de conveniência.
Pilcher vai aos poucos costurando a situação com habilidade e evita cair no dramalhão das novelas de tv. Ao retornar à região rural onde conhecera Eustace, Virgínia, agora viúva e órfã, obtém uma chance de recuperar o tempo perdido com um homem a quem pode amar. Porém existem as crianças, que ela se conformou em deixar que a sogra e a babá cuidassem em seu lugar.
No fundo é uma história de afirmação, de uma pessoa que passou a vida sendo manipulada por outras.
Pode ler sem susto.

Rio de Janeiro, 23 de fevereiro de 2018.