Morfologia Nominal: língua analítica e língua sintética

GARCIA, Janete Melasso. Introdução a teoria e prática do latim. 2 ed. revista Brasília: Universidade de Brasília, 2000.

Andreia Brilhante Duarte

Josiele dos Santos Souza

Dra. Rosângela Lemos da Silva (Orientadora)

O objeto de estudo pauta-se em divisões: na primeira parte será enfatizado sobre desinências, flexão, caso e declinação. Na segunda gênero e número.

Verifica-se que a estudiosa Janete Melasso Garcia trata de mostrar um curso de latim que apresenta a teoria e a prática do latim, por meio de textos.

Partindo dessa premissa ensina o ato de raciocinar e refletir sobre a língua latina, impondo um fim a decoração.

Na prática, sua orientação é sobre como usar o material de consulta: o dicionário e a gramática.

Uma das características marcantes do latim é o seu sintetismo em comparação com o analitísmo do Português.

Comparemos a mesma mensagem em latim e português:

Português: a menina dá uma rosa a amiga

Latim: puella amicae rosam dat

Mesmo não conhecendo o latim, o aluno verá a correspondência, pela simples compararção com o português: dá-dat, amiga-amicae, rosa-rosam.

Não havendo semelhança quanto a forma, mas por dedução, por serem os elementos restantes após a correspondência feita anteriormente, relacionaremos: menina-puella.

Recompondo as frases com os elementos relacionados, veremos o seguinte:

Português: menina dá rosa amiga

Latim: pella dat rosam amicae

Nesta recomposição, observamos que a frase latina está completa de acordo com o texto original, o que não acontece com o português. Este fato nos leva a concluir que os artigos e a preposição do português não aparecem em latim.

De fato, uma das características do latim é a de não apresentar artigos; a preposição, no caso acima, não é necessária, como veremos adiante quando tratarmos da sintaxe dos casos.

Desinência: é a parte final, mutável, das palavras.

Flexão: é a propriedade de variação da desinência, segundo a função sintática que as palavras podem exercer na oração.

Caso: é a forma que a palavra apresenta, com sua desinência apropriada para indicar a função sintática que exerce na oração.

Declinação: é o conjunto de casos que uma palavra pode apresentar.

Sintaxe dos casos; o valor das preposições

Se uma palavra apresenta tantos casos quantas funções sintáticas, pode exercer, vejamos quais os casos que o latim apresenta. A ´princípio, eram 8 (oito) os casos latinos: nominativo, genitivo, dativo, acusativo, vocativo, ablativo, locativo e instrumental.

Observação: os casos locativo e instrumental deixaram de ser usados já em épocas remotas, e suas funções foram absorvidas na maioria das vezes pelo ablativo, embora o locativo passa ser representado de outras formas.

Gênero: em latim, há três gêneros: masculino - ex: lúpus (o lobo), feminino – ex: rana (rã) e neutro – ex: templum (o templo).

Número: o número em latim é como em Português: singular e plural.

No latim, encontramos as seguintes categorias gramaticais: verbo, substantivo, adjetivo, pronome, numeral, advérbio, conjugação, preposição e interjeição.

Acredita-se que a língua latina é de grande relevância para o processo epistemológico da língua portuguesa, haja visto que como numerosas línguas europeias e asiáticas, o latim teria se originado, através do itálico-céltico e itálico, de uma língua hipotética- o indo-europeu-reconstruído a partir de estudos comparativos das línguas conhecidas, pois do indo-europeu não se registra qualquer inscrição ou documento.

Afirma-se que a autora da obra é titular de Bacharel e Licenciatura em Letras clássicas pela Universidade de São Paulo (USP), com habilitação, em Português, Latim e Grego-línguas.

andreia duarte e Josiele dos Santos Souza
Enviado por andreia duarte em 18/05/2018
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