EU E OUTRAS POESIAS - Augusto dos Anjos

Augusto dos Anjos publica sua única obra literária em 1912: "Eu". Na época, o sucesso não foi o desejado, contudo, em 1920, criou: "Outras Poesias". Mais adiante, logo após a Semana de Arte Moderna, a consagração em volume único: "Eu e Outras Poesias". O autor mostra-se intrigante na sua literatura, talvez, pela rudeza de temas sombrios, escatológicos, obsessão pela temática da morte e de uma vida miserável, como constam em "Versos Íntimos", por exemplo: "Enterro, acostuma-te à lama que te espera!" Seu livro torna-se conhecido. Sua poesia é inclassificável, em virtude da pluralidade de estilos. Seu acabamento tem vertente parnasiana, rimas ricas, métrica incorrigível e ainda, entre os seus decassílabos encontra-se uma inegável grandeza lírica, em poucos sonetos, mas que expressam puras melodias que cantam e encantam à alma brasileira.