RESUMO DA OBRA DE LAURENTINO GOMES - 1808

Gomes, Laurentino 1808: como uma rainha louca, um príncipe medroso e uma corte corrupta enganaram Napoleão e mudaram a história de Portugal e do Brasil / Laurentino Gomes. — São Paulo: Editora Planeta do Brasil, 2007. (417 páginas)

INTRODUÇÃO

Antes da Revolução Francesa, em 1784, Bernadino da Motta Botelho pastoreando o gado no sertão da Bahia achou uma pedra que, somente em 1810 cientistas da Sociedade Real de Londres comprovaram ser o maior meteorito (dois metros de diâmetro e mais de cinco toneladas de peso), da América do Sul, que atualmente é exposto no saguão do Museu Nacional do Rio de Janeiro.

Este museu estranho contém também aves, animais empalhados, vestes de tribos indígenas em vitrines. O prédio desse museu, o Palácio de São Cristóvão, também foi um cenário de eventos da história brasileira. “Ali viveu e reinou o único soberano europeu a colocar os pés em terras americanas em mais de quatro séculos”: D. João VI.

O prédio de três andares foi um presente de um traficante de escravos a D. João em 1808. Assim como outros prédios que não representam quase nada, esse prédio também não recebeu prestígio para a preservação adequada. Dessa forma, o autor revela a indignação da falta de manutenção à memória e a informação sobre esses fatores históricos que muitas vezes ao tratar dos personagens da realeza, os exibem como sendo pessoas ridículas e extravagantes.

Assim, o objetivo dessa obra elaborada pelo autor Gomes, foi relatar acontecimentos históricos com base em documentos reais e diversas cartas escritas no tempo na versão de cada um com o intuito a informação e também o acesso aos que querer saber da história do Brasil e de Portugal.

1. A FUGA

Na manhã de 29 de novembro de 1807 circulou a informação de que a rainha, o príncipe regente e toda a corte estavam fugindo para o Brasil sob a proteção da Marinha britânica e todos da sociedade se formaram em uma multidão perplexa e triste com a sensação de abandono, sem rumo para se reerguer por estarem sem seus governantes.

Portugal era o país mais atrasado da Europa, em questões políticas. Se Portugal já era atrasado, vazio e sem identidade com um rei, imagina sem ele, aliás, um príncipe regente. D. João ficou na regência, no lugar de sua mãe, D. Maria I, que ficou incapacitada para governar, por obter transtornos mentais acreditado ser acometido por meio de uma praga proferida. E assim, a rainha vivia trancada no Palácio de Queluz à dez quilômetros de Lisboa.

D. João não era educado para ser rei, e seu irmão mais velho D. José já havia morrido de varíola em 1788 por não ser vacinado por questões religiosas. Além do mais, D. João era um homem feio, tímido, indeciso e também solitário por conta de seus problemas conjugais, tendo no ano de saída, três anos de separado da princesa Carlota Joaquina, “uma espanhola geniosa e mandona” que deu-lhe nove filhos. E dessa forma, Carlota vivia com sua sogra, e D. João em Mafra na companhia de frades e monges à custa da monarquia portuguesa.

2. OS REIS ENLOUQUECIDOS

Na Inglaterra, o rei George III, que nomeava Octavius, era facilmente visto de camisolas, uma fronha na cabeça e seu travesseiro embolado como se fosse um bebê em seus braços andando pelo palácio.

Em Portugal, a rainha Maria I, que gritava sempre no seu palácio, dizendo ver seu falecido pai D. José I, e dizendo também sofrer perseguição demoníaca.

Tais sintomas interpretados pelos cientistas como esquizofrenia e psicose maníaco-depressiva, ou mesmo transtorno bipolar do humor, os dois soberanos permaneceram incuráveis, por mais que houvesse um tratamento caro com choques, camisas de força e etc.

Neste capítulo também foi rememorado o triunfo de Napoleão Bonaparte e suas intenções de liderar toda a Europa, conquistando reinos com sua força.

A França no governo de Luís XVI, contribuiu muito para a Independência dos Estados Unidos com seu primeiro presidente americano George Washington. Entretanto tal contribuição empobreceu a França que criou nossos sistemas de coleta de impostos que descontentou muito o seu povo. Com isso, “o resultado da combinação de má gestão das finanças públicas com falta de liberdades individuais” houve a Revolução Francesa em 1789, que implantou novos sistemas políticos baseados no lema “Liberdade, Igualdade, Fraternidade”, decapitando o governador Luís XVI em 1793. Assim, com o caos, três anos depois, o país francês recebeu um novo governante, Napoleão Bonaparte que “assumiu o comando do exército com dois objetivos: botar ordem na casa e enfrentar a aliança das demais monarquias europeias em guerra com a França revolucionária”.

Com exceção de Jesus Cristo, Napoleão foi o que mais ganhou destaque nas literaturas, por conta de seu poder e sua fama. Nascido em 1769, Napoleão era considerado “Filho da Revolução”, e sua estatura de 1,67 abaixo do normal dos franceses, não impedia que planejasse os ataques cheios de manobras que assustavam os inimigos e os rendessem sem que precisasse trocar tiros com seus 750 mil soldados preparados. Entretanto em 1814, Bonaparte foi preso na Ilha de Elba e isolado do continente pelo Mar Mediterrâneo depois da fracassada invasão na Rússia.

3. O PLANO

A invasão de Portugal pelas tropas de Bonaparte obrigou D. João a optar pela fuga, mas os planos de mudança para o Brasil eram uma ideia antiga. Por mais que estavam em uma era de grandes descobertas e navegações marítimas, Portugal era um país pequeno, pobre e sem recursos, e por isso dependia da Inglaterra para financiar suas viagens marítimas ao Brasil para coletar tais recursos.

Assim, desde o começo do século XIX, Portugal dependia do Brasil para obter ouro, o fumo e a cana-de-açúcar, sendo 61% negociados com a Inglaterra.

Portugal se filiou a Inglaterra para que em troca tivesse proteção naval para a ida ao Brasil organizado em poucos dias, por mais que a ideia era muito antiga desde a sua descoberta.

Ao mesmo tempo, são reveladas as intenções de guerra do general Jean com a permissão de Napoleão Bonaparte, que levou 50 mil soldados (Espanhóis e franceses) para andarem na Espanha até invadir Portugal a pé, e chegarem com um quarto a menos que desapareceram, 700 que morreram, e que por fim chegaram exaustos pedindo ajuda para os portugueses carregarem suas armas. E Portugal, sem rumo, sem estratégias, se entregou facilmente, registrando mesmo assim um momento único do poder de Bonaparte.

4. O IMPÉRIO DECADENTE

Em 1807 a imaginação dos Europeus era baseada da tecnologia produzida na Inglaterra por James Watt em 1769 com o invento movido a vapor.

Portugal nesse meio, tinha três milhões de habitantes, e por mais que o território brasileiro lhe pertencesse para garantir tais recursos como “ouro e diamante e suas lavouras de cana-de-açúcar, algodão, café e tabaco”, que auxiliada pelos trabalhadores escravos trazia a capital portuguesa. Entretanto, na capital não permanecia nada, sendo apenas um porto comercial, porque “de lá, o ouro, a madeira e os produtos agrícolas do Brasil seguiam direto para a Inglaterra, principal parceira comercial de Portugal. Os diamantes tinham como destino Amsterdã e Antuérpia, nos Países Baixos” (Gomes, 2007).

Com a fraqueza de Portugal, “entre 1793 e 1796 mais de 200 navios mercantes portugueses haviam sido capturados pelos franceses”, fora outros eventos que lhe causavam mais prejuízos.

Além da decadência financeira, o país piorava por influencia política e religiosa. A religião era forte través da Igreja Católica não permitia que o país seguisse o exemplo revolucionário nos países europeus. Cerca de 300 mil (10% ) dos portugueses pertenciam ou permaneciam as ordens religiosas, sendo 200 mil de Lisboa contendo ainda 180 monastérios. Assim, por esse poderio religioso, impedia a ciência de ser acessada, sem permitir inovações medicinais. Dessa forma, muitos morriam de Varíola na época sem poder receber vacinas, e dentre essas mortes, estava o herdeiro D. José.

A igreja controlava tudo, inclusive os comportamentos reservados, dando até o impedimento de contato entre homens e mulheres dentro das igrejas por meio de grades de madeira no meio da igreja. Dentre todas as exigências, até 1761, quem se levantava contra, era simplesmente condenado à fogueira, seja quem fosse.

“A riqueza de Portugal era resultado do dinheiro fácil, como os ganhos de herança, cassinos e loterias, que não exigem sacrifício, esforço de criatividade e inovação, nem investimento de longo prazo em educação e criação de leis e instituições duradouras”. (GOMES, 2007)

Conforme historiadores, 615 quilos de diamantes e pedras preciosas, e também mais de 535 toneladas de ouro entre 1695 e 1817 eram trazidos de Minas Gerais para Lisboa, sem contar que foi o ultimo país a abolir o tráfico de escravos da África. Com tanta riqueza, Portugal ainda assim era economicamente ruim, que passou a piorar com um terremoto matando de 150 mil a 200 portugueses, e destruindo com maremotos e incêndios muitas casas, palácios, igrejas (35 das 40), biblioteca real (com 70 mil volumes), etc, deixando apenas 3 mil das 20 mil casas para continuarem sendo habitáveis.

Ainda assim, a igreja estava na frente censurando toda inovação e informação, até que morre o Rei D. José I, “um rei fraco que tinha delegado a Pombal a tarefa de governar”, e sua filha D. Maria I, foi quem sucedeu o lugar sendo a primeira mulher a ocupar o trono de Portugal. Porém a nova rainha tinha influência jesuítica e conservadora. E em 1781 Pombal foi proibido na distância mínima de 110 quilômetros de chegar perto da rainha.

5. A PARTIDA

Na partida em Portugal para o Brasil, a família real se dividia em 3 navios: a bordo o príncipe regente, D. João, sua mãe, a rainha louca D. Maria I, e os dois herdeiros do trono, os príncipes D. Pedro e D. Miguel; em outro navio Alfonso de Albuquerque transportava a princesa Carlota Joaquina, com quatro das suas seis filhas; outras duas filhas, Maria Francisca e Isabel Maria, viajavam no Rainha de Portugal; E a tia e a cunhada de D. João seguiam no Príncipe do Brasil. Mais 40 barcos seguiam atrás da esquadra real.

Da capital Lisboa que possuía 200 mil habitantes, cerca de 10 a 15 mil incluindo nobres, conselheiros, militares, médicos, etc. acompanharam ao príncipe regente. Todos conheciam os riscos de vida.

No dia 24 de novembro, chegou a última edição do jornal parisiense Le Moniteur (órgão oficial de Napoleão) anunciando que “a Casa de Bragança havia cessado de reinar sobre a Europa”, dessa forma a notícia fez o príncipe regente parar com suas indecisões.

Em 29 de novembro todos estavam embarcados a mando do príncipe regente na organização de Azevedo (oficial e futuro Visconde), atrasados 2 dias em decorrência das chuvas e fortes ventos. Em três dias houve muita movimentações de carroças, muitas caixas, caixotes, etc, e somente os informados e os mais ricos sabiam o que estava acontecendo. Quando o povo descobriu a trama, se indignaram e choraram nas ruas. Lord Strangford, o enviado britânico a Lisboa, relatou que todos estavam extremamente tristes. Até na hora do embarque, a multidão era extrema que impediu de alguns chegarem ao porto a tempo na partida, outros nobres que já se encontravam lá, não achava vagas. Até mesmo as caixas das pratarias da igreja e os livros foram esquecidas no tumulto (a prata os franceses pegaram, os livros depois em 3 viagens chegou no Brasil anos depois).

Somente depois ”D. João mandou afixar nas ruas de Lisboa um decreto no qual explicava as razões da partida” por não conseguir fazer um pronunciamento de despedida. D. João levou consigo metade do dinheiro de Portugal, raspado dos cofres públicos, cerca de 80 milhões de cruzados.

6. O ARQUIVISTA REAL

Em 1807 enquanto as tropas francesas já se aproximavam nas terras de Portugal, o arquivista Luiz Joaquim dos Santos Marrocos era um jovem de 26 anos morador de Lisboa que teve a missão de levar a Biblioteca real esquecida ao Brasil em 1811.

Marrocos como funcionário da biblioteca real, era ainda um informante dos assuntos da cidade, que escrevia comunicados, notas de falecimentos, algumas fofoquinhas como relatou em uma carta sobre o aventuras sexuais e homossexualismo de “conde de Galvêas, e Domínios Ultramarinos”.

É descrito Lisboa com suas ruas, tapetes orientais, etc, e relembrada o tempo de 1771 em que foi oficializado o cemitério, onde anteriormente os corpos eram abandonados ao ar nas periferias. As pessoas não tinham higiene, não havia esgoto, então seja noite ou dia, era comum atirarem nas ruas as águas de lavagens e urinas. Na capital também haviam muitos Cães abandonados.

Em outra carta, citada por D. João com 1 ano de casado com uma menina de 11, Carlota Joaquina que tivera que cortar o cabelo devido os piolhos.

Na época quem era assinante de livros com conceitos revolucionários, simpatizantes da revolução francesa, maçons, iluministas, etc, era preso.

7. A VIAGEM

Na viagem, a bordo nos navios a tripulação havia como dieta “biscoitos, lentilha, azeite, repolho azedo e carne salgada de porco ou bacalhau”, a água apodrecia logo, contaminada por bactérias e fungos, então a cerveja, o vinho eram as bebidas para não desidratar.

Cada infração uma punição a bordo para dar exemplo aos outros, porque a viagem durou cerca de 2 meses, e os navios precisavam de ordem, já que as baratas, piolhos e etc, já piorara, bem como os enjoos coletivos, os materiais da nau envelhecendo rápido, o calor insuportável, etc.

8. SALVADOR

A rota da viagem era seguir direto para o Rio de Janeiro, com uma parada em Cabo Verde na África para o reabastecimento. Entretanto o príncipe regente decidiu na terceira semana seguir direto sem parada, entretanto ao saber que estaria próximo da Bahia, decidiu fazer uma parada em Salvador.

Pelas pesquisas do historiador Kenneth Light sobre os documentos e diários de bordo, a parada na Bahia foi intencional desde a terceira semana, independente das tempestades como alguns contam. O plano partia para questões políticas.

Conta-se ainda que houve um barco pequeno que se direcionou ao navio da realeza para levar-lhe frutas tropicais como caju, pitanga, etc. E mesmo sem comunicação foi localizado em alto mar para todos da família real conhecer esse novo cardápio.

Ao chegaram na Bahia, não houve ninguém nas ruas para lhe cumprimentar e fazer festa, por falta de informação. Somente no dia posterior é que todos se amontoaram no porto e deram tiros de canhões para o cumprimento.

A cidade era suja, ruas estreitas, muitos escravos, até as senhoras reclusas em casas eram desalinhadas e imperfeitas, segundo Maria Graham e historiadores, sem contar sobre a religião misturada com coisas profanas, e a prostituição de escravas que contribuía para a miscigenação e para filhos indesejáveis sem assistência.

Dessa forma, nos dias em que ficaram em Salvador, D. João promoveu a liberação do comércio internacional na colônia (Conforme o combinado com a Inglaterra). E por mais que as pessoas do local insistiram para D. João ficar prometendo fazer-lhe um palácio luxuoso, este recusou a oferta por receio de ataques franceses sem chance de proteção na cidade. Assim, partiu para o Rio de Janeiro.

9. A COLÔNIA

O termo brasileiro era incerto, brasiliano e brasiliense, era uma dúvida sobre como chamar as pessoas do Brasil. Opinaram por chamar os índios de brasilianos, e de brasileiro o português e estrangeiro que se instalara ali.

Em 1800 o Brasil tinha cerca de 3 milhões de habitantes, sendo um terço africanos escravos e 800 mil indígenas. Das cidades mais habitadas, “Minas Gerais era a província mais populosa”, com mais de 600 mil habitantes. Em segundo, Rio de Janeiro, com meio milhão, e Bahia e Pernambuco que ocupavam, respectivamente, o terceiro e o quarto lugares. Entre 1700 a 1800, cerca de meio milhão a 800 mil portugueses mudaram-se para o Brasil.

10. O REPÓRTER PERERECA

O cônego da Igreja Católica, Luis Gonçalves dos Santos era um cronista por vocação que devido seu aspecto magro e olhos esbugalhados, era apelidado ironicamente por padre Perereca.

Padre Perereca tinha uma forma interessante e poética de informar os acontecimentos da realeza exibindo dois mundos diferentes: Monarquia recebendo luxo X Brasil na colônia. O padre era um bajulador e reverente à corte.

11. UMA CARTA

A carta foi escrita por um dos navios, chamada “A Princesa Carlota” que arquivava a história de Marrocos um jovem que escrevia para seu pai em Lisboa acerca dos acontecimentos da viagem de navio.

12. O RIO DE JANEIRO

Foi um Porto estratégico, esse em Rio de Janeiro, que até mesmo na viagem de Darwin em 1832 que revelou o Brasil como um lugar “sublime”. Conta também sobre John Lucrok que morou no Brasil por dez anos, tendo desembarcado 3 meses depois da realeza . Ele registrou muita coisa, dentre u dicionário tupi-guarani e outros de pesquisa, e registros que descrevia o Rio de Janeiro como um lugar de 4 mil residências, 60 mil habitantes mas também um lugar onde imperava os urubus que limpavam a cidade. Era tanta sujeira que até Alexandra Calddegh se impressionava com tantos ratos e urinas despejadas pelas janelas.

13. D. JOÃO

D. João (1767-1826) foi príncipe regente, tinha medo de siri, caranguejo, e trovoadas. Tinha péssimos hábitos de higiene, cujo relato de uma picada de carrapato foi obrigado a banhar-se no mar, mas teve medo. Era depressivo, devoto, fraco, tinha um casamento falido que mantinha relações extra-conjugais (com Eugênia) e as vezes homossexuais. Além disso, amava galinhas e frangos como comida que mantinha em bolsos.

14. CARLOTA JOAQUINA

Carlota era magra, baixa, morena, coxa e com cicatrizes. Foi uma mulher infeliz, maquiavélica que todos suspeitam de ser infiel ao marido (com seu secretário particular Smith. Nasceu em 1775, casou por procuração e participou em 5 conspirações para tentar colocar os filhos no reinado, onde foi suspeita de ter envenenado e matado o marido. Teve 9 filhos em treze anos de casamento. Carlota morreu aos 54 anos com câncer no útero.

15. O ATAQUE AO COFRE

Com 7 meses após a chegada da corte ao Brasil, D.João em 1808 cria o Banco do Brasil sustentado pelos investimentos de fazendeiros e traficantes de escravos. Porém tanto em Portugal ao sair, e ao retornar, ambos cofres públicos foram limpados para garantir a sustentação do rei na viagem.

16. A NOVA CORTE

A corte tinha uma organização administrativa voltada para o público no sentido de receber ajuda financeira em troca de títulos de nobreza, dando honra, prestígio, liberdades e franquias. No ritual de beija-mãos faziam pedidos e reclamações.

17. A SENHORA DOS MARES

Com o tratado da Inglaterra com D. João acerca do financiamento de sua viagem em troca de portos abertos, a Inglaterra foi o país que mais esteve presente nos portos com suas mercadorias inglesas.

18. A TRANSFORMAÇÃO

É contado o ministério de Coutinho e as negociações estrangeiras de guerra. Nesse capítulo aborda a guerra com os índios botocudos que lutavam contra os fazendeiros. Fala sobre a Capela real que gastava muitíssimo com artes e pinturas, cujos artistas vinham da França a preço altíssimo para maquiar a realidade escravocrata que viviam.

19. O CHEFE DA POLÍCIA

Conta sobre Major Vidigal e agentes de Viana. Fala sobre o poder exagerado de polícia sem motivo que se intrometia na vida da comunidade em tudo.

20. A ESCRAVIDÃO

Os escravos eram como objetos que eram vendidos para trabalhos braçais e etc. Uma famosa escrava foi Chica da Silva que foi vendida, mas foi mãe de 13 filhos com João Fernandes de Oliveira que a comprou. Somente em 1753 ela conseguiu sua liberdade.

Era complicado adquirir a alforria dos escravos, pois os bons escravos não eram negociados. Somente em caso de maus tratos podiam perdê-los.

21. OS VIAJANTES

Os viajantes se classificavam em estrangeiros pesquisadores que buscavam aventura, ciência, arte, nobreza e comércio.

Todo o mundo ao saber do Brasil se interessou em explorar já que já conheciam todos os continentes, menos esse que era proibido até o novo acordo estar feito. Dentre os viajantes, Rose Marie de 25 anos e esposa de Freycinet descobriu quanto a missão imposta ao marido ambientalista em 1817, de explorar “a América do Sul, as ilhas do Pacífico Sul, a Índia e a costa da África”, assim Rose quando soube se infiltrou se disfarçando de homem.

22. O VIETNÃ DE NAPOLEÃO

É descrito o quadro de Goya e sua maneira de expressar a realidade em arte. E a escolha de Junot ser general ao lado de Napoleão para atacar a frágil Portugal.

23. A REPÚBLICA PERNAMBUCANA

Nesse capitulo, é comentado sobre as táticas do comerciante António Gonçalves Cruz, o Cabugá, que era agente secreto de uma conspiração em andamento em Pernambuco.

24. VERSAILLES TROPICAL

Nesse capítulo aborda as intenções de D. João em retornar à Portugal para reerguê-lo.

25. PORTUGAL ABANDONADO

É relatado os 13 anos de sofrimento de Portugal, depois do ataque de Napoleão, a destruição causada por um terremoto, e a ausência da ajuda do seu rei.

26. O RETORNO

Em 1821, D. João mesmo sem sua vontade, retorna à Portugal, mesmo vendo o Brasil já financeiramente bem estruturado e organizado do que estava anteriormente. Lá ele encontra um país pacato liderado por uma corte que o humilhou com sua chegada. Mas mesmo assim, consegue retomar seus poderes.

27. O NOVO BRASIL

Nessa abordagem relata as benfeitorias que fizeram a corte Portuguesa para o Brasil, uma simples colônia que se transformou em um lugar bem sucedido.

28. A CONVERSÃO DE MARROCOS

Marrocos que escreveu cerca de 186 cartas ao pai após chegar no Brasil, relatou sua indignação quanto ao local, mas, agora se demostra transformado relatando ter te adaptado com o local, dizendo gostar. Nesse capitulo demostra que o casamento e o nascimento de filhos, fez Marrocos mudar muito de ideia acerca de ama de leite, e de quere filhos e se manter fiel ao rei e aos atos de beija-mão diário. A família de Marrocos se sente traída por não ser convidada para o casamento e a informação de nascimento de filhos em tempo oportuno.

29. O SEGREDO

Joaquinna é o segredo revelado no último capítulo. Filha que o arquivista real Marrocos teve antes do casamento e cuja existência foi sigilosa nas 186 cartas escrita para seu pai, o então avô. Foi uma filha dada à adoção para abafar a reputação da família.

Angel Angélica
Enviado por Angel Angélica em 10/09/2018
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