JANA E JOEL

Em 1899 foi publicada “Jana e Joel”, novela do baiano da Ilha de Itaparica, Francisco Xavier Ferreira Marques ou simplesmente XAVIER MARQUES (1861 – 1942). Jornalista, ensaísta, político e romancista brasileiro, pertenceu a cadeira de número 28 da Academia Brasileira de Letras e gostava de temas praieiros, estreando na literatura com o livro “ Boto e companhia”. Mas a obra de grande destaque foi JANA E JOEL.

A novela baiana foi escrita em 100 páginas, no entanto é difícil deixar o livro de lado quando se começa a leitura. A Ilha de Itaparica serve de cenário para a linda história desses dois jovens, protagonistas do enredo.

Jana e Joel cresceram juntos, correndo na praia, indo para o mar nas pescarias, conversando. O que aqueles irmãos tanto conversavam?

Na verdade Jana era “meio” irmã de Joel, nas conversas entre eles, ela carinhosamente chamava-o de “meu irmão, Joel”. Sendo que ele por não ter pai nem mãe, encontrou na família de Jana, apoio. Principalmente do pai de Jana, o barqueiro Anselmo e a avó a senhora Teonila, conhecida por todos da ilha por Téo.

Jana foi criada pela avó Téo. Devido as constantes ausências do pai no mar, bem como dos irmãos Cosme e Damião, todos pescadores, ela viu Joel o parceiro ideal para fazer amizade. Ele também pescador, ao retornar do mar buscava a “irmã” Jana para relatar o ocorrido e se sentia feliz. Mesmo porque Jana era considerada: “bicho-do-mato”, “selvagem”, “tabaroa” por não gostar de conversar com outras pessoas a não ser Joel.

No entanto, ao completar 16 anos, a avó da garota passa a se preocupar com a amizade de Jana e Joel, por isso alerta ao pai da garota a necessidade de afastá-los. E isso foi feito, a menina que até então via o jovem como irmão, ao ser proibida de manter contato com ele, ficou indignada. O que ela fez?

Passou a fugir do quarto enquanto a avó dormia e ia se encontrar com Joel às escondidas. Até que Téo se incomoda pelo fato da adolescente não ser batizada. E trata de aceitar como madrinha de Jana uma senhora rica da cidade, pois levando-a da Ilha, a moça teria um outro destino e assim iria esquecer essa amizade com Joel.

E assim Jana passou a morar com a madrinha, na cidade. Lá ela não consegue se adaptar, pois era discriminada pelas outras empregadas da casa. E a sua função era babá. Afastada dos seus parentes, Jana não participa do funeral da avó, nem do pai e se torna sozinha, cada vez mais arredia naquele espaço, mesmo sendo cercada de pessoas a sua volta. Sem falar que sentia os olhares do patrão em sua direção quando a sua madrinha não estava observando.

Após algum tempo, ao passear com o bebê da madrinha na praia, ela vê Joel. Momento muito importante para ela que não tinha com quem conversar, ela pede para ele aguardá-la alguns minutos. Retorna a casa da madrinha, deixa a criança e foge com Joel.

E finalmente ele se declara para a jovem, juntos voltam para ilha e assim viverem o grande amor.

A linda historia criada por Xavier Marques rompeu a barreira do tempo, espaço…. Deixou a ilha para trás e não precisa ser marinheiro para gostar de uma bela narrativa de amor que tem o mar como companhia . Jana e Joel, a novela do século XIX, é da Bahia!

Elisabeth Amorim

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Elisabeth Amorim
Enviado por Elisabeth Amorim em 31/12/2020
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