Islamismo

Charley Antônio

O islamismo é uma religião, baseada nos preceitos monoteístas dos ensinamentos de Maomé (570-632 d.C.), chamado “O Profeta”. Suas indagações ou mesmo prescrições estão contidas no livro sagrado islâmico, o Corão. A palavra islã significa submeter e exprime a submissão à lei e à vontade de Alá. Os seguidores de Maomé são denominados muçulmanos, “aqueles que se submetem a Deus” (Boff, 2004).

Maomé foi considerado um profeta e nasceu na cidade de Meca, na Arábia Saudita, centro sagrado e religioso dos mulçumanos. Ele viveu e cresceu entre mercadores. Seu pai, Abdulá, morreu por ocasião do seu nascimento, e sua mãe, Amina, morreu quando ele tinha seis anos. Aos 40, iniciou pregações e, de acordo com a tradição, teve uma visão do anjo Gabriel, o qual lhe revelou a existência de um Deus único. Khadija, uma viúva rica que se casou com Maomé, investiu toda sua fortuna na propagação da nova doutrina. Maomé passou a pregar publicamente sua mensagem, mas encontrou muita oposição. Perseguido em Meca, foi obrigado a emigrar para Medina, no dia 20 de Junho de 622. Daí esse dia ser chamado de Hégira (emigração), que é o marco inicial do calendário muçulmano até hoje. Maomé faleceu no ano 632.

Segundo os muçulmanos, o Corão contém a mensagem de Deus a Maomé, as quais lhe foram reveladas entre os anos 610 a 632. Seus ensinamentos são considerados infalíveis. É dividido em 114 suras (capítulos), ordenadas por tamanho, tendo o maior 286 versos. Os muçulmanos estão divididos em dois grandes grupos: os Sunitas e os Xiitas. Os Sunitas subdividem-se em quatro grupos menores: Hanafitas, Malequitas, Chafeitas e Hambanitas. Os Sunitas são os seguidores da tradição do profeta, continuada por All-Abbas, seu tio. Os Xiitas são partidários de Ali, marido de Fátima, filha de Maomé. São os líderes da comunidade e continuadores da missão espiritual de Maomé. Não é por acaso que tais grupos estão em ampla divergência (Boff, 2004).

O Islamismo é, atualmente, mais que uma força religiosa, também é uma força política. O número de adeptos é grande e as crenças se divergem por determinados princípios. Um deles, muito importante, é o imbricamento entre Estado e religião. O objetivo final do Islamismo seria o de subjugar o mundo e regê-lo pelas leis islâmicas, mesmo que para isso necessite do uso da violência. Hoje se percebe um conflito entre o oriente e o ocidente, talvez justamente por isso, mas não se pode esquecer o problema econômico, haja vista que o islamismo teve terreno fértil em países nos quais o petróleo tornou-se moeda forte e que, de uma forma ou de outra , entram em sintonia com os EUA.

Bibliografia.

BOFF, Leonardo. Fundamentalismo. São Paulo: Ed. Sextante, 2004.

Charley Antonio dos Santos
Enviado por Charley Antonio dos Santos em 12/11/2007
Código do texto: T734495
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