A noite - Elie Wiesel

Elie Wiesel - A noite, RJ, editora Sextante, 2021

Há muitos filmes, documentários, livros e reportagens sobre o Holocausto. Sempre que através deles entramos em contato com esse vergonhoso episódio da História ficamos arrasados pela desumanidade com que seres humanos foram tratados ou mortos.

O mesmo se dá com a leitura de A Noite, a experiência de Elie Wiesel (1928-2016) quando menino nos campos de concentração alemães. Você se sente mal desde a leitura da primeira página. E continuará assim ou ficará até pior depois de terminar o volume.

Ficará arrasado toda vez que o livro lhe vier à memória e continuará se perguntando sempre: como foi possível deixar que tal atrocidade acontecesse? Mas aconteceu e todo esse material está aí para que não nos esqueçamos jamais do que seres humanos podem sofrer nas mãos de outros seres humanos. Humanos não, tampouco animais, os nazistas foram verdadeiros monstros, demônios.

Mas vemos o sofrimento da população civil da Síria há algum tempo já. Depois, o bombardeio russo sobre a Ucrânia e mais recentemente o massacre de israelenses pelo grupo terrorista palestino Hamas. Então parece que o mundo não mudou tanto assim passados mais de setenta anos do final da II Guerra Mundial. Cabe perguntar, feito um personagem de José Saramago, de Ensaio Sobre a Cegueira: "É dessa massa que nós somos feitos? metade de indiferença e metade de ruindade?" Parece que sim, que grande parte do mundo é assim mesmo...

A seguir o que disseram sobre a obra personalidades e periódicos:

“Leitura obrigatória para toda a humanidade.” – Oprah Winfrey

“Uma das grandes vozes morais do nosso tempo e, em muitos aspectos, da consciência mundial.” – Barack Obama

“Uma das vozes mais importantes da memória do Holocausto e da defesa dos direitos humanos.” – El País

“Um dos mais populares relatos da barbárie nazista, ao lado de O diário de Anne Frank e de É isto um homem?, de Primo Levi.” – Época

“Uma obra clássica dos mais sombrios dos tempos. Merece ser lida e relida por muitas décadas.” – Kirkus Reviews

“Wiesel revive as memórias doloridas de quem viu a morte de perto, dividiu espaço com corpos humanos e sofreu a dor da perda. A narrativa embrulha o estômago por escancarar o status de ‘sub-humanos’ com que os judeus foram tratados pelo regime nazista.” – Veja