Inferno – Bernardo Santareno – Editora Império - Lisboa
Acabei de ler umas horas antes do Natal, o livro INFERNO de Bernardo Santareno, que era português e tinha como nome real Antônio Martinho do Rosário, nascido em 1924 em Santarém, Lisboa. Era um médico e, se não me falha a memória, psiquiatra. Mas dedicou-se e muito à dramaturgia, à literatura.
O Inferno é uma peça teatral, baseada em fato real acontecido na Inglaterra no início dos anos sessenta. . Começa com uma nota de jornal! Diário de Notícias de sete de maio de 1966 que noticia o julgamento de um casal acusado de assassinar três crianças (uma judia de 10 anos, um homossexual de 17 anos, um negro de 12 anos). Os acusados alcunhados de “os amantes diabólicos de Chester” sempre juraram inocência. O réu foi culpados dos três crimes e a ré de dois e cúmplice de um.
O texto representa o julgamento dos réus e envereda pela história de Eurídice e Orfeu (nome dos personagens principais) e compõe-se de três audiências muito bem estruturadas e de oito retrospectivas (mostrando as circunstâncias das ações criminosas).
O texto é muito bom, visto que orienta a imaginação do leitor quanto à visualização do cenário, a audição das falas que não são diálogos, mas expressões individuais dos jurados que vão julgar os réus exemplificando sua revolta e repugnância pelo casal, embora todos demonstrem em suas falas um preconceito agudíssimo contra as vítimas.
Na verdade os réus foram condenados à prisão perpétua e o mesmo acontece no texto de Santarém que na falta de mais elementos refugiou-se nas notas da imprensa daquele tempo.
O escrito faz uma excelente abordagem sobre o assunto levando o leitor a ler de começo ao fim sem querer largar o livro.
O texto tem muito de atualidade embora tenha sido escrito em 1967. A pedofilia, o racismo, a violência pura e simples, a ganância pelo dinheiro, a desestrutura familiar são uma constante desse texto que gostei demais de ler. A influência da imprensa em condenar ou inocentar desde que lhe seja dão o “furo” de reportagem, inclusive pagando. (Algo de novo no ar?).
Não conhecia este autor. Fui ler por pura curiosidade, pois o título do livro me lembrou o Inferno de Dante Alighieri. Existem no texto termos diferentes que custei para entender visto que no dicionário não constam. Tive que ler e reler para entender o significado, mas valeu a pena. O livro é ótimo e Santareno está na minha mira para ler outros livros dele. O que sei de sua biografia devo a este mundo maravilhoso chamado Internet.
Boa leitura a quem se propuser a lê-lo.
Acabei de ler umas horas antes do Natal, o livro INFERNO de Bernardo Santareno, que era português e tinha como nome real Antônio Martinho do Rosário, nascido em 1924 em Santarém, Lisboa. Era um médico e, se não me falha a memória, psiquiatra. Mas dedicou-se e muito à dramaturgia, à literatura.
O Inferno é uma peça teatral, baseada em fato real acontecido na Inglaterra no início dos anos sessenta. . Começa com uma nota de jornal! Diário de Notícias de sete de maio de 1966 que noticia o julgamento de um casal acusado de assassinar três crianças (uma judia de 10 anos, um homossexual de 17 anos, um negro de 12 anos). Os acusados alcunhados de “os amantes diabólicos de Chester” sempre juraram inocência. O réu foi culpados dos três crimes e a ré de dois e cúmplice de um.
O texto representa o julgamento dos réus e envereda pela história de Eurídice e Orfeu (nome dos personagens principais) e compõe-se de três audiências muito bem estruturadas e de oito retrospectivas (mostrando as circunstâncias das ações criminosas).
O texto é muito bom, visto que orienta a imaginação do leitor quanto à visualização do cenário, a audição das falas que não são diálogos, mas expressões individuais dos jurados que vão julgar os réus exemplificando sua revolta e repugnância pelo casal, embora todos demonstrem em suas falas um preconceito agudíssimo contra as vítimas.
Na verdade os réus foram condenados à prisão perpétua e o mesmo acontece no texto de Santarém que na falta de mais elementos refugiou-se nas notas da imprensa daquele tempo.
O escrito faz uma excelente abordagem sobre o assunto levando o leitor a ler de começo ao fim sem querer largar o livro.
O texto tem muito de atualidade embora tenha sido escrito em 1967. A pedofilia, o racismo, a violência pura e simples, a ganância pelo dinheiro, a desestrutura familiar são uma constante desse texto que gostei demais de ler. A influência da imprensa em condenar ou inocentar desde que lhe seja dão o “furo” de reportagem, inclusive pagando. (Algo de novo no ar?).
Não conhecia este autor. Fui ler por pura curiosidade, pois o título do livro me lembrou o Inferno de Dante Alighieri. Existem no texto termos diferentes que custei para entender visto que no dicionário não constam. Tive que ler e reler para entender o significado, mas valeu a pena. O livro é ótimo e Santareno está na minha mira para ler outros livros dele. O que sei de sua biografia devo a este mundo maravilhoso chamado Internet.
Boa leitura a quem se propuser a lê-lo.