UM LONGO CAMINHO PARA CASA
Autora: Danielle Steel
Tradução de: Raquel Zampil e Márcio El Jaick
Editora Record
Edição 2000



Todos nós aprendemos com os livros, sejam eles literários, históricos, educativos, de auto-ajuda, técnicos, etc. Porque a leitura sempre acrescenta algo novo, alegra e estimula a alma, desperta a mente para os vôos da imaginação e, sem dúvida, para quem lê por prazer ou distração é uma grande e inquestionável aventura. Assim, se não lhe cai nas mãos um Gabriel Garcia Márquez, Jorge Amado, Fernando Sabino, Graciliano Ramos, Graham Greene, Carlos Drummond de Andrade ou outro dessas estirpes, qualquer obra que desperte seu interesse tem o condão de agregar valor ao tempo que lhe foi dispensado. Desculpem-me dar-me como pobre exemplo, mas os anos de minha vida, desde o momento em que aprendi a conhecer as letras e uni-las em palavras e frases com sentido lógico, têm sido de dedicação a qualquer tipo de leitura quando a melhor literatura não está ao meu alcance. Li capa-e-espada, filosofia, biografias, clássicos, prêmios Nobel e tantos outros comprados, emprestados na biblioteca ou presenteados por amigos, mas também gastei horas lendo Agatha Christie, Danielle Steel e tantos que trilham as veredas dos livros escritos somente para distrair e emocionar. Recentemente concluí a leitura do romance UM LONGO CAMINHO PARA CASA, da escritora norte-americana Danielle Steel. Autora de mais de quarenta obras, ela é especialista em descrever e detalhar estórias semelhantes às da vida real, com seu toque especial para envolver e encantar o leitor de maneira a prendê-lo no enredo até a última linha. Esse Um longo caminho para casa não é diferente. Preparem os lenços os emotivos, pois a vida de Gabriella Harrison leva qualquer um às lágrimas. Só não consegui compreender, perplexo ao longo das mais de trezentos e sessenta páginas de letrinhas miúdas, como ela encontrou tamanha frieza para desfiar os indizíveis sofrimentos da personagem com a minúcia que angustia e magoa. Tenho que ela provavelmente chorou muito enquanto escrevia esse romance. Odiada pela mãe, que lhe aplicava os mais horrorosos castigos sem nenhum motivo, ao ponto incrível de quebrar-lhe costelas e deixa-la sem comer, ao tempo em que o pai ficava indiferente às barbáries criminosas da esposa, Gabriella atravessa um calvário de sofrimentos quase inverossímil até os dez anos, quando então é abandonada pela mãe num convento. Antes disso o pai deixara as duas por outra mulher, atormentado pela própria covardia que o impedia de acudir a filha maltratada e assustado pelos fantasmas de um casamento insustentável. Naquele palco de contemplação e dedicação à religião segundo os cânones católicos, ela conheceu o amor e a bondade nos anos seguintes, até que, já adulta e após o curso na faculdade, conhece o padre Joe Connors. Nesse meio tempo havia entrado para o postulado na intenção de tornar-se freira. Então, começa tudo outra vez quando descobre o amor...proibido. Um longo caminho para casa é para ser lido com a rapidez de quem deseja saber logo o final da estória para, a seguir, iniciar a leitura de outro romance, esquecendo aquele. Não porque ele seja sem graça, simples, desprovido de uma mensagem significante, mas porque geralmente acontece isso com as obras despretensiosas destinadas à diversão e ao passatempo...e que enriquecem seus autores, lidos em várias partes do mundo.
Gilbamar de Oliveira Bezerra
Enviado por Gilbamar de Oliveira Bezerra em 29/04/2008
Código do texto: T967376
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