Esta é uma resenha do romance

O CAMINHO DE DAVI

de minha autoria

Publicado pela Giz Editorial e Livraria em Maio de 2008.
Um livro de 392 de páginas, facilmente adquirido no Site da editora, livraria cultura e outros site de venda de livros pela internet.


Davi, cuja inversão das sílabas de seu nome obtém-se vida, é um obstinado por vencer. Um indivíduo comum, educado, curioso, tímido, estudioso e, acima de tudo, lutador. Filho leal e obediente tem seu pai Laozi como primeiro mestre, dentre muitos que encontrará pela vida afora. Não goza junto a sua mãe Maya a mesma liberdade que desfruta com o pai. A sua relação com ela é de submissão a seus caprichos e religiosidade. A submissão aos caprichos e desejos de sua mãe fez do primeiro amor da vida de Davi um amor impossível e, além disso, o mandou para o seminário sem vocação.
O abandono da vida religiosa, as incursões erráticas pelo mundo das drogas de Lugh, seu único irmão, a morte prematura de seu pai, as intransigências de sua mãe, contrasta com a esperança que renasce ao conseguir uma vaga no curso universitário de seus sonhos.
Na idade adulta Davi estudou, trabalhou e amou. Casou-se com Belkis, uma mulher rica, de finos tratos e carinhosa, embora submissa ao seu próprio destino. Experimentou a alegria de ser pai de um filho e de uma filha, e a tristeza por eles não se encaminharem na vida segundo os seus desejos. O seu varão, Davi Junior, desenvolve esquizofrenia e Rahe, sua filha, homossexual e contrária à idéia de ser mãe, de constituir família, transformam a sua vida num martírio.
Tornou-se um cientista famoso e competente, fez descobertas, publicou tratados, teve discípulos e ministrou conferências no mudo todo. Mas, como tudo na vida tem um preço, Davi pagou caro por isso; sempre foi um escravo dos estudos e trabalhos. Experimentou constantemente o gosto doce do sucesso e o sabor amargo das decepções.
No inverno de sua existência, quando o sucesso já não mais o seduzia, foi necessário um momento de muita dor para provocar-lhe uma introspecção. Foi neste instante de sofrimento que ele aprendeu a sonhar de olhos abertos e a ver de olhos fechados; após este insight, ele passou a ver a vida como ela é e não como ele gostaria que fosse.

Roberto Pelegrino
Enviado por Roberto Pelegrino em 29/04/2008
Reeditado em 12/12/2008
Código do texto: T967686