Me leve às estrelas
As estrelas, me conduza, por favor. Sob a inesperada mudança
Nem sequer reflita. Deixe-me em paz, para descanso eterno.
Livre-me da tolice de viver. Da culpa de não se poder nada, fazer
Nada será como antes, os dias. Em retornei ao leito matinal.
Em dor maior não perceberas. Pois planarei algodoes nuviosos
Em carregado vento levarei o sofrido teu olhar, em mãos sujas.
As estrelas, me conduza, por favor. Sob a inesperada mudança.
Nem sequer reflita. Deixe-me em paz, para descanso eterno.
Além do sol, ancorei minha sacrificada dor. Nada voltará a ser.
Pois tudo mudará, ao meu sonhar. Negação de o impávido viver.
Coisa alguma, enuncia meus passos. Destarte, sem noticias.
O discernimento axiológico. O não saber humano de viver.
As estrelas, me conduza, por favor. Sob a inesperada mudança
* Memórias Póstumas de Sophia de La Boétie