LABIRINTOS

Meus desejos num labirinto,

num emaranhado de planos;

eu não sou certo do que sinto,

sou só dúvidas, sou enganos.

Descanso nas tendas de panos

ou tranco em sombrio recinto,

meus desejos num labirinto,

num emaranhado de planos.

Vou e volto em alvo distinto,

tão vão, amargando os arcanos.

A mim, eu ludibrio, eu minto

pra esquecer que são levianos

meus desejos num labirinto.

Marco Aurelio Vieira
Enviado por Marco Aurelio Vieira em 29/05/2009
Reeditado em 27/01/2011
Código do texto: T1620837
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