Chorava um homem a perda da sua liberdade
Recluso, no silêncio da noite fria... o tédio o incomodava
Clamava aos céus por justiça, queria de fato a verdade
Réu de tantos crimes, mas da prisão não gostava
 
Blasfemava ferozmente, da família sentia saudades
O monstro na sua ira com Deus se revoltava
Chorava um homem a perda da sua liberdade
Recluso no silêncio da noite fria... o tédio o incomodava
 
Nenhum ali se atrevia discordar de tal arbitrariedade
Até seu melhor comparsa a ofensa recriminava
Recluso estava... vítima das suas maldades
Na sua profunda ira a todos provocava
Chorava um homem a perda da sua liberdade
 

 
(Com base em fato real: cena presenciada por ocasião de trabalho em um Presídio, quando a equipe investigava o tema “Doenças transmissíveis”.)

Texto revisado pela Profª Tânia Maria deSouza