FALSO ALARME



Quando com minha deusa terrena eu falava
teclando teclas com topinhos de amor,
nebuloso véu inibiu a pousada,
muito além das asas abertas do condor.

A escuridão habitou a mente, que horror!
O silêncio, vil moléstia anunciava,
quando com minha deusa terrena eu falava
teclando teclas com topinhos de amor.

Doidivanas, o intelecto cogitava
em repentina queda com sangue e dor;
à distância, sem lhe dizer que ainda a amava,
causou-me na alma incontido pavor,
quando com minha deusa terrena eu falava.

Afonso Martini – 140412
Afonso Martini
Enviado por Afonso Martini em 21/04/2012
Reeditado em 22/04/2012
Código do texto: T3625374
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