IMBECIL

Eu não antipatizo com os imbecis,

Mesmo que antipatizem, por certo, comigo.

Eu vejo neles, seres simples e gentis,

De índole boa, sem mostrar nenhum perigo.

Não são maus, não têm culpa nem sabem que diz,

São neurônios cansados, ave ao desabrigo.

Eu não antipatizo com os imbecis,

Mesmo que antipatizem, por certo, comigo.

São fracos de alma, poluindo esses Brasis

Como o cardo daninho — cérebro mendigo —!

Não são maus, são mil vezes flores que fuzis;

São bobos, néscios, tolos... mas lhes sou amigo.

Eu não antipatizo com os imbecis!

Lucan
Enviado por Lucan em 10/02/2007
Código do texto: T376345