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RESFRIADO





Por certo não é hoje minha hora nem meu dia,
afoga-se a doce inspiração fluída;
o tema em secreção nasal se asfixia;
a cabeça dói como se fora moída.

Gripe não mata, mas deixa o corpo doído,
impede o vate a dar largas á poesia.
Por certo não é hoje minha hora nem meu dia,
afoga-se a doce inspiração fluída.

Abandonado à própria sorte, quem diria?
Minha filha/anjo de plantão, imbuída
Em solfejar sempre a mesma melodia:
Pai, não fuma tanto. O fumo a tosse valida.
Por certo não é hoje minha hora nem meu dia.


161012
                                                           
Afonso Martini
Enviado por Afonso Martini em 19/10/2012
Reeditado em 19/10/2012
Código do texto: T3941343
Classificação de conteúdo: seguro
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