DESAMPARO

Sentindo o ardor do desamparo,

aquela ausência que perfura

profundo, agudo, em ópio amaro,

rasga a ilusão de alar candura.

Ah! Nunca mais se prefigura

a tela em dia ameno e claro,

sentindo o ardor do desamparo,

aquela ausência que perfura...

Estrago ínvio, sem reparo...

Anulação de gente, agrura...

Mas vida faz o seu disparo

e empurra avante a tal criatura

sentindo o ardor do desamparo.

Marco Aurelio Vieira
Enviado por Marco Aurelio Vieira em 04/12/2012
Reeditado em 04/12/2012
Código do texto: T4019076
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