Sentinela Dos Tempos

De longínquas eras, vigia-me de seu frio ninho
Insufle em meus sonhos a alma de um rochedo,
Ouço o murmúrio de meus passos no caminho
Sopra vida nessa esperança e beba meu medo.

Extraia essas vinhas podres desse vinhedo
Simbionte fé, raiz suave de fluídico espinho.
De longínquas eras, vigia-me de seu frio ninho
Insufle em meus sonhos a alma de um rochedo.

Essa sua oração nobre, de aroma mesquinho
Canibaliza esse amor, teu mais tácito enredo.
O passado te espreita, despido de nobre linho,
A luz jaz morta! As sombras choram no degredo
De longínquas eras, vigia-me de seu frio ninho.



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Ronaldo Honorio
Enviado por Ronaldo Honorio em 02/06/2007
Reeditado em 21/11/2018
Código do texto: T510874
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