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ROCEIRO
 


Sou um jeca, matuto, capiau,
um caipira – apelido não importa.
Ao mundo vim, virei um galalau,
mas já nasci assim, de carga torta.
 

Nos eitos do sertão batendo à porta,
cultivo dele o que lhe der no vau;
sou um jeca, matuto, capiau,
um caipira – apelido não importa.
 

De escola mesmo nem tirei um grau;
roceiro sou, lutando numa horta.
Por minha rede só tenho um jirau
e, sem cambão, viver aqui conforta.
 Sou um jeca, matuto, capiau...

 

Fort., 06/10/2015.

 
Gomes da Silveira
Enviado por Gomes da Silveira em 06/10/2015
Código do texto: T5406107
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