É SÉRIO, COM HUMOR

E lá vai ele, divertindo-se com a retórica,

Brincando com as letras, suas amigas,

Dispostas na boa retidão sem intrigas,

Importa a exposição de forma categórica.

Às circunstâncias externas, se agarra a razão,

Que não quer a cognição e a intuição na conexão,

Porém, a chave são as circunstâncias internas irmão,

Pois a introspecção ativa a cognição, produz a intuição,

A racionalidade insiste, não desiste, e não anota a direção, ->

A intuição transporta a cognição, incrementa a solução,

A razão é muito orgulhosa e não merece a louvação,

O Espírito sussurra, mas a sempre teimosa razão,

Não adquire conhecimento, o ápice da emoção.

O Homo Habilis, suposto sapiens na arrogância,

Não sabe quem ele é nem mesmo de onde ele veio,

Não sabe para onde ele vai e o que faz a sua ganância,

Na eterna dúvida, nem direita nem esquerda, fica no meio,

Continua perdido sem bússola, sem cachorro perdeu o rumo, ->

Não sabe se vai ou se fica; se fica é porque não vai, se vai,

É porque não fica. Então ele fica sempre fora do prumo,

Desequilibrado o pobre coitado fica no cai ou não cai,

E aí sobra da reinação, o último verso sem rima.

Com os vocábulos, se diverte o brincalhão,

Pouco se lhe dá, os percalços da estética,

Importa que na diversão da sua dialética,

Que seja possível, introduzir uma boa lição.

Edgar Alexandroni
Enviado por Edgar Alexandroni em 13/10/2019
Reeditado em 27/01/2020
Código do texto: T6768368
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