Amor Bandido

 

Em você, repouso minh’alma bandida,

brisa silente que canta um verso vazio.

Permeio solitária por uma vida abstraída,

perco-me em infeliz devaneio sombrio.

 

Livre de mim, minha morte eu adio...

Embriago-me no prazer d’uma alegria sentida.

Em você, repouso minh’alma bandida,

brisa silente que canta um verso vazio.

 

Cumpro meu julgamento sem tal despedida,

livre de penas, revogo um castigo vadio.

Faça-se lei! Cumpra-se sentença atrevida!

Absorta em punições de amor, me delicio

em você! Repouso minh’alma bandida!