Espectros dos sonhos umbrais

Carrego nos ombros o peso do meu próprio mundo

Ás vezes é um fardo, quase sempre pesado demais

Nome de santo, mas o sujo pecado torna-o imundo

Não busco perdão, também isso já não me satisfaz

Calo-me sobre dor e culpa e o que há em profundo

Escondo-me em mil máscaras o que há por detrás

Carrego nos ombros o peso do meu próprio mundo

Ás vezes é um fardo, quase sempre pesado demais

Planto mal, há muito meu solo tornou-se infecundo

Parasito acordado sonhando meus sonhos umbrais

Ao longe vejo meu destino rodeado dos espectrais

Esse breve viver fez meu coração em moribundo

Carrego nos ombros o peso do meu próprio mundo