PAZUZU

Eu vivo das sombras

Das árvores mortas

Que morreram de pé

No mês de agosto.

Sou vento, pazuzu

Sou a fronteira do absurdo

Eu vivo das sombras

Das árvores mortas.

Amo e odeio neste deserto

Sem água para beber

Sem licor para tomar

Sem prosa, sem rima

Eu vivo das sombras.

Sérgio Gaiafi
Enviado por Sérgio Gaiafi em 07/04/2022
Código do texto: T7490205
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