Taça vazia

No cristal que se estilhaça,

Chega ao fim o nosso amor.

Nasce um tempo de desgraça,

Solidão, tristeza e dor.

O pranto, que a vista embaça,

Traz à vida o dissabor.

No cristal que se estilhaça,

Chega ao fim o nosso amor.

Esvai-se, feito fumaça,

Todo o encanto, todo ardor.

Eis, nas mãos, vazia a taça,

que espalha sangue e amargor,

No cristal que se estilhaça.

Fernando Antônio Belino
Enviado por Fernando Antônio Belino em 17/07/2023
Reeditado em 05/08/2023
Código do texto: T7839406
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