A Hindemburgo

Para fins de perpetrar um tributo

A um defunto sem lagrimar na própria

Prosa e santificá-lo por costume

(e não meu) de uma dúzia de afobados,

Prefiro agora trazer-me a ignorância

De um velho professor velho de crinas

Brancas (se é um professor que solta “pedras”

Antológicas), prestar meu levar

Numa eulogia que eu continha em mente,

Mas nestas paragens, se não a dato hoje,

Diriam que eu tinha já matado o Poeta,

Ou a charada... Mas co’a licença ao ilustre:

Vá que (...) vivo arde-lhe o sol destes”maios”...

Tão seco é o homem... Tão curtida é a vida...

23-5-008