Sonhei, contigo, o sol estava posto,

Sonhei, contigo, o sol estava posto,

Sonhei, contigo, o sol estava posto,

E uma noite amena e bela começava,

Tão branca, bela e nua tu estava,

Mas uma sombra te encobria o rosto.

Qual meu antigo sonho, que desgosto

Aquele que há tempos não sonhava,

Em que tua presença me tentava,

Por toda vida sem mostrar-me o rosto.

Em tentar te esquecer eu tenho posto

Um esforço contido, que frustrante,

Pois me lembro de ti a todo instante

Tua lembrança, é levedo e mosto

Que fermenta minh’alma, alucinante

Mantendo-a ébria quase todo instante.

Mestre Egídio
Enviado por Mestre Egídio em 27/05/2008
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