MÁGOA DE AMOR

A morte iminente, a que me arrasta,

a dor sentida, forte e permanente,

há de trazer-me a paz, e finalmente,

quem sabe, essa dor de mim se afasta.

Mágoa de amor, a ânsia vil, nefasta,

invade o corpo triste e decadente;

padecendo a alma no sofrer silente,

de um incrédulo, ateu, iconoclasta.

O veneno cruel da rejeição,

ao sentimento puro e verdadeiro,

condenou-me até a duvidar de Deus;

que lá do céu, na Sua imensidão,

indiferente à tanta devoção,

deixou que fenecesse o sonho meu...

Ravatsky
Enviado por Ravatsky em 03/06/2008
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