NÚMERO INFINITO

Sístoles e diástoles derradeiras

No hirto peito, rígido e gelado;

E eu via o Último Número extenuado,

Estertorando sobre as montureiras.

Interregno, escuridão, ânsia e inferneiras;

Depois o ar, o oxigênio eterizado,

E depois do oxigênio o ilimitado,

Resplendente clarão de horas primeiras.

Busquei a última visão das vistas foscas,

O Derradeiro Número entre as moscas,

A camada telúrica adstrito;

E eu, vítima dútil da descraça,

Vi que cada minuto que se passa

É nova luz do NÚmero Infinito."