AMOR DE INVERNO



Imensamente doce e caliente,
aquele amor de chuva e de inverno,
que o mundo transitório fez eterno
e o fogo de minh’alma fez crescente.


Alumiava-se a noite, intermitente,
como se fora anotando em caderno,
nossos pecados, um anjo hodierno,
fotografando do céu o amor da gente;


E captasse, num rol de sensações,
chuva, trovões e céu, e seduções,
e uma sede de amar, que não se amena.


A ver nos corpos ébrios de desejos,
durante um flash de luz em nossos beijos,
que algo nesse mundo vale a pena...



Ravatsky
Enviado por Ravatsky em 06/06/2008
Código do texto: T1022556