Liberdade!
O vento açoita o rosto com força e embaraça os cabelos
soltos, livres, saboreando o momento único, não quer perder,
a leveza fazendo flutuar a vida que escorre entre os dedos
em simbiose com o desejo de não pensar, deixar acontecer...
O universo paralelo existe e lhe dá um sentido para continuar,
é a natureza da grande viagem pelos meandros de sua verve
intocável, imutável e desconhecida da luz de qualquer olhar
é o relicário pessoal e indescritível que povoa o meu cerne.
Ah! O universo paralelo dos sonhos do poeta sempre livre
nesse espaço sem fronteiras se perde tomado de emoção
é ela, a poesia, sua fiel companheira, dela não lhe prive.
De quem é a poesia que traz consigo cálidas brisas amenas?
Não, a poesia não tem senhor, não tem dono, é a encarnação
pulsante, viva, que traz a lume a essência de existir, apenas.