Liberdade!

O vento açoita o rosto com força e embaraça os cabelos

soltos, livres, saboreando o momento único, não quer perder,

a leveza fazendo flutuar a vida que escorre entre os dedos

em simbiose com o desejo de não pensar, deixar acontecer...

O universo paralelo existe e lhe dá um sentido para continuar,

é a natureza da grande viagem pelos meandros de sua verve

intocável, imutável e desconhecida da luz de qualquer olhar

é o relicário pessoal e indescritível que povoa o meu cerne.

Ah! O universo paralelo dos sonhos do poeta sempre livre

nesse espaço sem fronteiras se perde tomado de emoção

é ela, a poesia, sua fiel companheira, dela não lhe prive.

De quem é a poesia que traz consigo cálidas brisas amenas?

Não, a poesia não tem senhor, não tem dono, é a encarnação

pulsante, viva, que traz a lume a essência de existir, apenas.

Nísia Maria de Souza
Enviado por Nísia Maria de Souza em 06/06/2008
Código do texto: T1022643