O meu amor!
O amor na sua antítese em profunda sinestesia
uma eterna aliteração da mesma rima de dor,
por seu sarcasmo se confunde com a ironia,
alta proposopopéia de quem já experimentou.
Vai de uma simples catacrese para a metáfora
envereda pela própria alegoria, até se transformar
numa hipérbole mal formulada e chama a anáfora
num complexo ir e vir de versos do meu poetar.
Uma onomatopéia de gozo fácil em gradação
retine aos ouvidos com o eufemismo suave...
e segue pela analogia e vai até a comparação.
É um pleonasmo às vezes vicioso e inculto
nas raias da elipse ou zeugma que me invade
nesse paradoxo dengoso e também astuto.