O meu amor!

O amor na sua antítese em profunda sinestesia

uma eterna aliteração da mesma rima de dor,

por seu sarcasmo se confunde com a ironia,

alta proposopopéia de quem já experimentou.

Vai de uma simples catacrese para a metáfora

envereda pela própria alegoria, até se transformar

numa hipérbole mal formulada e chama a anáfora

num complexo ir e vir de versos do meu poetar.

Uma onomatopéia de gozo fácil em gradação

retine aos ouvidos com o eufemismo suave...

e segue pela analogia e vai até a comparação.

É um pleonasmo às vezes vicioso e inculto

nas raias da elipse ou zeugma que me invade

nesse paradoxo dengoso e também astuto.

Nísia Maria de Souza
Enviado por Nísia Maria de Souza em 09/06/2008
Código do texto: T1026310