Tudo passa, menos você...

Nesta vida-tudo passa-

não há nada permanente...

Teu versar, que me devassa,

é um veneno de serpente...

Sou mutante, sigo em frente...

Nem eu mesmo reconheço.

Quem me habita é indigente

que reclama o teu apreço...

Tudo passa nesta vida

por incrível te pareças...

Só não passa o amor, querida

Que é teu, nunca te esqueças!

Pois, saudade-esta enxerida-

faz quizumba nas cabeças!