Soneto de amor inclausurável

Duetos, tercetos, quartetos...

Inutilidade é, tentar enclausurar

O amor em sonetos

Mas ao poeta não é clausura

Não há censura, é única ternura

E plena ciência de que não existe mensura.

Em suma é infindo, em resenha não tem fim,

Em resumo é infinito, em tese não existe término assim

Encontra-se nestas linhas, nestes versos

O acho em você depara-se em mim.

Mas em explicações inexplicáveis me perco

Ao tentar realçar este termo, caio num ermo

Salvando-me por inapreciável valência:

Independência de métrica e plena doação para vivência.

Enoque Lima
Enviado por Enoque Lima em 25/01/2006
Reeditado em 31/10/2006
Código do texto: T103911