Soneto e mais dois

Morreu um soneto em minhas mãos, morreu.

Como um filho de um grande amor jurado

Por um romancista que se acha deus.

Um soneto se foi de minhas mãos

Arremessado pelo amor e fim

Como um filho que sai de meu abraço.

Sincero amor de mim só ter ficado

Em remoçar de ter partido, e tudo

Se um romancista jurando enfim, teve

Sincero amor de si e sim ter partido

Em remoçar de ter ficado, e nada

Se o amor é deus e se eu for o amor...

É um filho, pois, que, se foi de meus braços,

Foi... Como um soneto de minhas mãos.

16-6-008